Brasil

Dupla de youtubers é paga para defender o governo

No filme, Lukas Marques e Daniel Molo, dois jovens com mais de sete milhões de inscritos, defendem a reforma no ensino médio

Lukas Marques e Daniel Molo: jovens foram criticados após aceitar fazer propaganda das reformas do governo (YouTube / Reprodução)

Lukas Marques e Daniel Molo: jovens foram criticados após aceitar fazer propaganda das reformas do governo (YouTube / Reprodução)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2017 às 14h27.

Última atualização em 17 de fevereiro de 2017 às 20h34.

Atualmente, quem mais consegue conversar com os jovens são os youtubers, e até o governo de Michel Temer sabe disso. Para explicar as controversas mudanças no ensino médio, o canal Você Sabia? foi convidado para contar "Tudo que você precisa saber sobre o ensino médio".

No filme, que custou R$ 65 mil para a federação, Lukas Marques e Daniel Molo, dois jovens com mais de sete milhões de inscritos, defendem a reforma educacional em mais de sete minutos de vídeo.

A abordagem positiva da alteração é tão grande que chega um ponto em que o apresentador diz “Se eu tivesse que fazer o ensino médio e soubesse dessa mudança eu ficaria muito feliz".

https://www.youtube.com/watch?v=ENIPdSbuafA

Em defesa ao anúncio encomendado pela Digital Star que gerou questionamentos na internet, Molo disse em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo que "A gente já ia fazer um vídeo sobre o novo ensino médio. Como recebemos a proposta, decidimos aceitar".

Confira abaixo as reações dos usuários no Youtube e o vídeo que as gerou:

 

Reação youtubers

- (Reprodução)

Este conteúdo foi originalmente publicado no portal AdNews.

Em nota a EXAME.com, a agência Digital Stars, que intermediou o contato com o Ministério da Educação, diz que "os influenciadores que participaram da campanha do Ministério da Educação seguiram as normas do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) em seus vídeos sobre a reforma do Ensino Médio. Entre estas orientações está a notificação no vídeo postado pelo influenciadores de que se trata de material publicitário na descrição e na ferramenta do YouTube."

Além disso, a agência coloca que "uma das condições incluídas por contrato para a realização da campanha é que os  influenciadores têm total liberdade quanto ao teor de suas opiniões sobre a reforma do Ensino Médio, sem a necessidade de seguir qualquer roteiro ou diretriz política a respeito do tema. Tanto a agência de publicidade que contratou o influenciador quanto o Ministério concordaram com essas condições. Como é praxe nesse tipo de contrato, não estamos autorizados a revelar valores envolvidos na negociação."

 

Acompanhe tudo sobre:Ensino médioGovernoYouTube

Mais de Brasil

Câmara de São Paulo aprova projeto de Nunes que permite a privatização de ciclovias

Ônibus do Rio terão ar condicionado monitorado pela prefeitura

Ministros assinam acordos de cooperação para modernizar estatais

Governo Lula é aprovado por 35% e reprovado por 34%, diz pesquisa Datafolha