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Doria quer integrar imagens de 10 mil câmeras públicas e privadas

O prefeito afirmou que o projeto, quando finalizado, fará de São Paulo a cidade mais bem monitorada do país

Câmera: as imagens geradas pelas câmeras particulares serão recebidas pela Prefeitura pela internet (foto/Getty Images)

Câmera: as imagens geradas pelas câmeras particulares serão recebidas pela Prefeitura pela internet (foto/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de março de 2017 às 14h42.

São Paulo - A gestão João Doria (PSDB) lançou na manhã desta quinta-feira, 23, um programa de segurança baseado no uso de imagens captadas por câmeras de vigilância já instaladas na cidade.

A meta é alcançar 10 mil aparelhos nos próximos quatro anos e integrar, em uma mesma central, a produção em tempo real de equipamentos dos órgãos públicos e de prédios residenciais, comerciais e mesmo de residências, a exemplo do Detecta, do governo estadual.

"Trata-se de um programa de cooperação entre o poder público e a sociedade", afirmou o secretário municipal de Segurança Urbana, coronel José Roberto Rodrigues.

Segundo ele, o projeto City Câmera começará na região no Brás, no centro da capital, com 249 câmeras, sendo 232 fixas e 17 móveis. A escolha se deu em função do número de pessoas que circulam ali - de 250 mil a 320 mil por dia - e do histórico de criminalidade contra pedestres.

Doria afirmou que o projeto, quando finalizado, fará de São Paulo a cidade mais bem monitorada do País. As imagens geradas pelas câmeras particulares serão recebidas pela Prefeitura pela internet, desde que haja interesse dos responsáveis. Um chamamento público será lançado em breve para convocar a população a participar.

"O monitoramento não supre a presença do policial nas ruas, mas a tecnologia é muito importante para dar mais agilidade e reduzir o tempo de resposta à população", disse o coronel Mauro Cezar dos Santos, do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom). As imagens dessas 10 mil câmeras serão fornecidas ao Copom.

Doria afirmou que o City Câmeras não terá investimento municipal, apenas privado. O objetivo é, além de identificar situações de violência e criminalidade, aprimorar o monitoramento do patrimônio público, como escolas e hospitais, e também fiscalizar as ruas da capital para impedir, por exemplo, descarte irregular de lixo e pichações.

Detecta

O prefeito esclareceu que o sistema será todo conectado com o Detecta, do governo estadual. "É o mesmo sistema tecnológico ampliado em milhares de vezes."

Segundo Rodrigues, a capital tem hoje 150 câmeras integradas ao Detecta. Em julho, esse número passará a 400, com o início do projeto no Brás. "Ainda muito inexpressivo para a cidade, acredito. O objetivo é chegar a 10 mil. Aí, sim, teremos mais controle."

As imagens captadas pelas câmeras particulares passarão por um processo de seleção. Será avaliada a qualidade das imagens. Apenas câmeras viradas para o espaço público serão utilizadas.

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