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Doria prorroga prazo para retomar obras da Linha 6-Laranja do Metrô

Obras estão paralisadas desde 2016 porque o grupo que ganhou a licitação desistiu da construção por falta de crédito

Metrô: governo de São Paulo estendeu prazo pra início das obras da linha 6-Laranja (Rovena Rosa/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de agosto de 2019 às 18h58.

O governo do Estado de São Paulo publicou no sábado, 10, decreto em que adia até novembro o prazo para decretar caducidade do contrato de construção da Linha 6-Laranja do Metrô . Isso significa, na prática, que a gestão João Doria (PSDB) conseguiu prorrogar o prazo para tentar arrumar uma saída para retomar as obras, que estão paralisadas desde 2016.

A paralisação se deu porque o Consórcio Move São Paulo, grupo que venceu a licitação para construir a linha por meio de uma Parceria Público-Privada, desistiu do empreendimento, por falta de crédito. O consórcio era formado pelas empresas UTC, Odebrecht e Queiroz Galvão, envolvidas na Lava Jato.

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A Linha 6-Laranja sairá da Estação São Joaquim, na Liberdade, região central da capital, cruzará o centro e Higienópolis, seguirá pela zona oeste, nas Avenidas Sumaré e Pompeia, e cruzará a Marginal do Tietê até a zona norte, terminando na Brasilândia.

A gestão Doria vinha buscando outras empresas para assumir o contrato firmado pelo consórcio e afirma que há três grupos participando de conversas para assumir o empreendimento.

Essas empresas poderiam comprar a parte das construtoras no consórcio e continuar a empreitada. Entretanto, nenhum negócio foi fechado até o momento e o prazo atual para a decretação da caducidade do contrato era até a próxima terça-feira, 13.

Com o decreto publicado no sábado, 10, no Diário Oficial, Doria e sua equipe têm agora até novembro para achar um interessado. "A prorrogação visa exclusivamente dar o tempo necessário para que as negociações sejam concluídas", diz nota da Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos.

O consórcio ainda é responsável por manter a vigilância dos canteiros e dos prédios que foram desapropriados para dar lugar às futuras estações e estão abandonados.

"Foram aportados pelo Governo do Estado até o momento R$ 694 milhões para pagamento de obras civis e R$ 984 milhões para pagamento das desapropriações de 371 ações", diz o governo, por nota. O custo total da obra é estimado em R$ 9 bilhões.

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