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Doria e Covas negociam 45 milhões de doses de Johnson, Pfizer e Sputnik

Estados e municípios correm para negociar por conta própria vacinas contra a covid-19 após autorização de STF e Congresso

 Vacinação de idosos contra a covid-19, em um posto de atendimento em formato drive-thru montado no Estádio do Morumbi, na zona sul da capital paulista. (MISTER SHADOW/ASI/Estadão Conteúdo)

Vacinação de idosos contra a covid-19, em um posto de atendimento em formato drive-thru montado no Estádio do Morumbi, na zona sul da capital paulista. (MISTER SHADOW/ASI/Estadão Conteúdo)

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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2021 às 07h39.

Última atualização em 3 de março de 2021 às 11h56.

Um dia após o Brasil bater novo recorde, com 1.726 mortes pela covid-19, estados e municípios aceleram a busca de vacinas por conta própria. Há uma semana, o Supremo Tribunal Federal autorizou que governadores e prefeitos comprem e distribuam vacinas por conta própria, caso o governo federal descumpra o Plano Nacional de Imunização.

Até agora, 7,1 milhão de brasileiros tomaram a primeira dose da vacina, e 2,16 milhões tomaram a segunda, segundo levantamento de um consórcio de veículos de imprensa. O número representa 3,36% da população brasileira. Novos lotes estão previstos, mas em ritmo lento.

Na quarta-feira o Instituto Butantan vai entregar 900.000 doses da Coronavac para o Ministério da Saúde. Outro lote de 14 milhões de doses já está vendido ao ministério. Uma leva de até 12 milhões de doses da AstraZeneca está em fabricação pela Fiocruz, no Rio. O consórcio de vacinas Covax Facility, da OMS, anunciou ontem que o Brasil deve receber 9,1 milhões de doses.

Mas estados e municípios querem mais agilidade, num momento em que todas as regiões do país veem piora nas internações. UTIs das capitais têm mais de 90% de ocupação. Ontem, governadores se reuniram em Brasília com o presidente da Câmara, Arthur Lira, para se movimentar pela compra de mais vacinas. A Câmara aprovou um texto, já votado no senado, que permite a compra de vacinas desde doadas integralmente ao Sistema Único de Saúde. O Fórum Nacional de Governadores negocia a compra de até 50 milhões de doses da vacina russa Sputnik V.

Em paralelo, governadores e prefeitos agem por conta própria. O secretário municipal de Saúde de São Paulo revelou na manhã desta quarta-feira à GloboNews que o município negocia a compra de 5 milhões de doses da vacina da Johnson e Johnson. O imunizante tem a vantagem de precisar de apenas uma dose, e está em fase final de aprovação pela Anvisa. Além disso, a capital paulista negocia a compra de doses da vacina da Pfizer.

Nesta terça-feira o governador de São Paulo afirmou que o estado pretende comprar 20 milhões de doses da vacina da Pfizer e outras 20 milhões de doses da Sputnik V. A Pfizer havia oferecido 100 milhões de doses de vacina ao governo federal, mas a equipe de Jair Bolsonaro não fechou acordo.

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