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Doria defende saída definitiva de Aécio da presidência do PSDB

O prefeito de São Paulo frisou que, apesar de "respeitar o senador", acredita que o partido deveria promover eleição para uma nova Executiva nacional

João Doria: o mandato da atual direção da legenda terminaria em maio, mas foi prorrogado por mais um ano por Aécio no ano passado (Patricia Monteiro/Bloomberg)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de julho de 2017 às 08h57.

São Paulo - Aliado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o prefeito João Doria passou a defender abertamente a antecipação da renovação de toda a Executiva do PSDB ainda neste ano e a realização de uma convenção partidária para eleger o substituto do senador Aécio Neves (MG) no comando nacional da sigla.

"Respeito o senador Aécio Neves, mas seria bom para o PSDB promover eleição para uma nova Executiva nacional para concluir esse mandato que se encerra em maio", disse Doria ao Estado.

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O mandato da atual direção da legenda terminaria em maio, mas foi prorrogado por mais um ano por Aécio por meio de uma resolução de 15 de dezembro de 2016.

Na ocasião, aliados de Alckmin se colocaram contra a medida. O governador também defende a interrupção da prorrogação e a antecipação da convenção nacional para o segundo semestre.

A avaliação no Palácio dos Bandeirantes é de que o PSDB não pode esperar até quase metade de 2018, ano de eleições, para definir sua nova cúpula e o candidato à Presidência.

Isolado da máquina partidária na gestão de Aécio, Alckmin ganhou projeção desde que o senador Tasso Jereissati (CE) assumiu a legenda interinamente em maio, quando o tucano mineiro se licenciou após a divulgação da gravação em que pede R$ 2 milhões a Joesley Batista, da JBS.

A estratégia dos "alckmistas" agora é mudar a configuração da Executiva para ampliar a influência do governador e assegurar sua candidatura à Presidência.

Na próxima reunião do colegiado, que deve ocorrer nesta semana, o secretário-geral do PSDB, deputado Silvio Torres (SP), dirá que a atual Executiva representa o resultado das eleições de 2014, sem levar em conta cenários posteriores, como as eleições de 2016 e a crise política. "Governadores e prefeitos precisam estar representados formalmente na Executiva", disse Torres. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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