Doleiro recebeu de empresa de ex-ministro
Alberto Youssef teria recebido dinheiro pela consultoria MO pago pela Investminas, empresa controlada por Pedro Paulo Leoni Ramos
Da Redação
Publicado em 10 de abril de 2014 às 09h41.
São Paulo e Brasília - Documentos apreendidos pela Polícia Federal na Operação Lava Jato mostram que a Investminas, empresa controlada por Pedro Paulo Leoni Ramos, secretário de Assuntos Estratégicos no governo de Fernando Collor de Mello (1990-1992), fez um pagamento de R$ 4,3 milhões para a consultoria MO, que seria uma espécie de central de distribuição de valores para políticos ligada ao doleiro Alberto Youssef.
O relatórioda PF reúne indícios de que Youssef operava uma engrenagem em que, de um lado, eram coletados recursos de fornecedores da Petrobrás. O dinheiro entraria, entre outras formas, como contratação de consultorias da MO. De outro lado, o dinheiro era transferido pelo doleiro a políticos e a partidos.
A Investminas é uma controlada da GPI Participações e Investimentos S.A., presidida por Leoni Ramos, conforme mostra balanço da empresa publicado no ano passado. Essa mesma GPI é a empresa que arrematou, com Furnas, a concessão da hidrelétrica de Três Irmãos - cujo contrato teve a assinatura suspensa por determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).
A PF suspeita de uma sociedade, no âmbito da Labogen, entre a GPI, o doleiro e a Linear Participações e Incorporações Ltda. O laboratório teria como foco o fornecimento de produtos químicos para a Petrobrás, além da tentativa de fornecer medicamentos para o Ministério da Saúde.
Questionada, a GPI, controladora da Investminas, informou que "a MO Consultoria realizou um serviço mediante um contrato cujo objeto foi cumprido." Segundo a empresa, trata-se de um contrato legal, para o qual foi emitida nota fiscal, com todos os tributos recolhidos.
A GPI informou que, de fato, recebe u uma proposta de negócio em março de 2013. "Na época, a GPI se interessou pelo negócio e, como é de praxe no mercado financeiro, assinou um contrato de promessa de compra e venda e outras avenças."
Pelo acordo, a GPI ficaria encarregada de duas ações. A primeira, a implantação física da Labogen, um investimento de R$ 1,958 milhão que foi realizado e que ela espera ter de volta. A outra, comprar parte da Labogen, o que não ocorreu.
A nota não explica por que o diretor da GPI João Mauro Boschiero aparece, numa troca de e-mails interceptada pela PF, pedindo a dois executivos da Labogen que deletem mensagens, acrescentando que "as citações que foram feitas derrubam nosso projeto".
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo e Brasília - Documentos apreendidos pela Polícia Federal na Operação Lava Jato mostram que a Investminas, empresa controlada por Pedro Paulo Leoni Ramos, secretário de Assuntos Estratégicos no governo de Fernando Collor de Mello (1990-1992), fez um pagamento de R$ 4,3 milhões para a consultoria MO, que seria uma espécie de central de distribuição de valores para políticos ligada ao doleiro Alberto Youssef.
O relatórioda PF reúne indícios de que Youssef operava uma engrenagem em que, de um lado, eram coletados recursos de fornecedores da Petrobrás. O dinheiro entraria, entre outras formas, como contratação de consultorias da MO. De outro lado, o dinheiro era transferido pelo doleiro a políticos e a partidos.
A Investminas é uma controlada da GPI Participações e Investimentos S.A., presidida por Leoni Ramos, conforme mostra balanço da empresa publicado no ano passado. Essa mesma GPI é a empresa que arrematou, com Furnas, a concessão da hidrelétrica de Três Irmãos - cujo contrato teve a assinatura suspensa por determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).
A PF suspeita de uma sociedade, no âmbito da Labogen, entre a GPI, o doleiro e a Linear Participações e Incorporações Ltda. O laboratório teria como foco o fornecimento de produtos químicos para a Petrobrás, além da tentativa de fornecer medicamentos para o Ministério da Saúde.
Questionada, a GPI, controladora da Investminas, informou que "a MO Consultoria realizou um serviço mediante um contrato cujo objeto foi cumprido." Segundo a empresa, trata-se de um contrato legal, para o qual foi emitida nota fiscal, com todos os tributos recolhidos.
A GPI informou que, de fato, recebe u uma proposta de negócio em março de 2013. "Na época, a GPI se interessou pelo negócio e, como é de praxe no mercado financeiro, assinou um contrato de promessa de compra e venda e outras avenças."
Pelo acordo, a GPI ficaria encarregada de duas ações. A primeira, a implantação física da Labogen, um investimento de R$ 1,958 milhão que foi realizado e que ela espera ter de volta. A outra, comprar parte da Labogen, o que não ocorreu.
A nota não explica por que o diretor da GPI João Mauro Boschiero aparece, numa troca de e-mails interceptada pela PF, pedindo a dois executivos da Labogen que deletem mensagens, acrescentando que "as citações que foram feitas derrubam nosso projeto".
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.