Brasil

Dodge é contra pedido de Geddel para ter acesso a denunciante

Geddel quer ter acesso ao número do telefone que fez a ligação anônima que resultou na ação da PF que apreendeu R$ 51 milhões

Bunker de Geddel: Dodge concordou com os pedidos de redução de fiança feitos por Gustavo Pedreira do Couto Ferraz e Job Ribeiro Brandão (Polícia Federal/Divulgação)

Bunker de Geddel: Dodge concordou com os pedidos de redução de fiança feitos por Gustavo Pedreira do Couto Ferraz e Job Ribeiro Brandão (Polícia Federal/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de novembro de 2017 às 21h30.

Brasília - Em manifestação encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, se posicionou contra um pedido de Geddel Vieira Lima, que quer ter acesso ao número do telefone que fez a ligação anônima que resultou na ação da PF que apreendeu R$ 51 milhões.

Dodge, por outro lado, concordou com os pedidos de redução de fiança feitos por Gustavo Pedreira do Couto Ferraz e Job Ribeiro Brandão, investigado em conjunto com Geddel e o deputado federal Lúcio Vieira Lima.

Para Gustavo, ela recomendou a redução do valor de 100 salários mínimos para 50 salários mínimo. Em relação a Job Brandão, a procuradora-geral admitiu a argumentação de que o ex-assessor parlamentar dos irmãos Vieira Lima não teria condições de pagar a quantia de 50 salários mínimos.

Job Brandão, como um dos argumentos para diminuir o valor, afirmou que a maior parte de seu salário como assessor de Lúcio Vieira Lima era desviada para o parlamentar e para o irmão, Geddel. Segundo Job Brandão, 80% eram entregues, até 2015, quando o pai dele adoeceu, e o porcentual de repasse aos Vieira Lima teria diminuído de 80% para 70%.

"Causou estranheza à PGR que ele, em vinte e oito anos de serviço público, com remuneração bruta de quase quinze mil reais, tivesse acumulado tão pouco patrimônio declarado. A hipótese inicial foi a de que ocultasse patrimônio. Outra hipótese, ainda carente de investigação, parece explicar a situação", disse Raquel Dodge, referindo-se à explicação de Job de que até R$ 8 mil por mês eram devolvidos e que a renda líquida que lhe restava mensalmente era de R$ 3.780,00. Outro argumento que Raquel citou foi o de que o ex-assessor parlamentar está agora desempregado, depois de ter sido exonerado após operação da PF.

Providências

Raquel Dodge registrou essa informação e deixou em aberto a possibilidade de tomar medidas em relação à suspeita lançada sobre Lúcio Vieira Lima pelo ex-assessor. "Em relação à afirmação de JOB RIBEIRO BRANDÃO de que entregava 70% (setenta por cento) de suas remunerações ao Deputado LÚCIO QUADROS VIEIRA LIMA, a PGR adotará as providências necessárias no seu tempo certo", disse Raquel Dodge.

Acompanhe tudo sobre:Geddel Vieira LimaOperação Lava JatoRaquel DodgeSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Após jovem baleada, Lewandowski quer acelerar regulamentação sobre uso da força por policiais

Governadores avaliam ir ao STF contra decreto de uso de força policial

Queda de ponte: dois corpos são encontrados no Rio Tocantins após início de buscas subaquáticas

Chuvas intensas atingem Sudeste e Centro-Norte do país nesta quinta; veja previsão do tempo