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Discreta, viúva era a pessoa que mais influenciava Campos

Renata Campos teria sido cotada para concorrer ao cargo de deputada federal pelo PSB, segundo reportagem da Folha de São Paulo

Renata Campos com o filho Miguel: relacionamento com Eduardo começou quando ela tinha 13 anos
 (Arquivo PSB)

Renata Campos com o filho Miguel: relacionamento com Eduardo começou quando ela tinha 13 anos (Arquivo PSB)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 14 de agosto de 2014 às 15h40.

São Paulo – “Não estava no script”. Era com esta frase que na tarde de ontem, Renata Campos, viúva do ex-governador Eduardo Campos, recebia amigos e familiares na casa da famíllia no bairro de Dois Irmãos, em Recife (PE), segundo reportagem de O Estado de São Paulo

Os últimos (pouco mais de) 30 anos da vida dela foram ao lado do candidato à presidência pelo PSB, que morreu ontem em um acidente aéreo.

Na terça, ela tinha acompanhado o marido na viagem ao Rio de Janeiro, mas voltara para Recife na manhã de quarta-feira. Durante a tarde de ontem, ela se mostrava abalada, porém serena, como afirmou o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, ao Diário de Pernambuco

O relacionamento começou quando ela tinha 13 anos de idade. Desde então, nunca mais se largaram. Campos não deixava de tratá-la como sua “eterna namorada”, segundo O Globo. Juntos, tiveram cinco filhos. Miguel, o mais novo, nasceu em janeiro deste ano.

Além da parceria na vida pessoal, dona Renata, como era carinhosamente chamada pelo marido, tinha um papel central na carreira política de Eduardo Campos.

Divulgação/Arquivo PSB

Longe dos holofotes, todas as decisões e acordos políticos do presidenciável passavam pelo crivo da economista formada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) , que também é filiada ao PSB.

“Ela consegue fazer com que ele mude de A a Z. Ela tem uma racionalidade política forte, mas, ao mesmo tempo, é muito sensitiva e adivinha caminhos”, disse um amigo do casal ao jornal O Globo

Para as eleições deste ano, uma das especulações era de que Campos cogitava lançar a candidatura da mulher ao cargo de deputada federal de olho nos eleitores da mãe dele, Ana Arraes, segundo reportagem da Folha de São Paulo publicada em 2013. Na época, a família negou a intenção, mas o nascimento do caçula pode ter mudado os planos. 

Renata, Eduardo Campos e Miguel, que nasceu em janeiro (Alexandre Severo/PSB)

A experiência política de Renata começou cedo. Segundo contou ao jornal carioca, em 1982, ela estreou na militância na ala jovem da Frente Popular. Durante o governo de Campos, a economista foi responsável pelo Programa Mãe Coruja Pernambucana, premiado pela ONU. 

Sobrinha de Ariano Suassuna, que era casado com uma de suas tias, Renata não tinge os cabelos e prefere usar roupas e acessórios de grifes regionais. Em 2007, ela se licenciou do cargo de auditora concursada do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco.

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