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Dilma tratará como iguais 4 candidatos apoiadores no RJ

Comando da campanha da presidente busca evitar que ela seja prejudicada por disputas entre os candidatos a governador do Rio que a apoiam


	Dilma não fará diferença entre os candidatos Lindbergh Farias (PT), Luiz Fernando Pezão (PMDB), Anthony Garotinho (PR) e Marcelo Crivella (PRB)
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Dilma não fará diferença entre os candidatos Lindbergh Farias (PT), Luiz Fernando Pezão (PMDB), Anthony Garotinho (PR) e Marcelo Crivella (PRB) (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2014 às 12h00.

O comando da campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição montou uma estratégia especial para evitar que ela seja prejudicada por disputas entre os candidatos a governador do Rio de Janeiro que a apoiam. Na busca por votos, a presidente vai tratar como iguais seus quatro apoiadores que concorrem ao governo do Estado.

A decisão inclui o companheiro de PT, Lindbergh Farias, que não terá privilégios em relação aos demais. Para manter a equidistância entre as quatro candidaturas e evitar brigas, Dilma participará de eventos separados com cada um dos postulantes ao Palácio Guanabara. Vai também protagonizar encontros temáticos e suprapartidários, sem os concorrentes ao governo fluminense.

"Dilma vai tratar os quatro candidatos a governador da mesma forma", diz o vice-prefeito do Rio, Adilson Pires, coordenador da campanha da presidente no Estado. Apoiam Dilma os candidatos a governador Lindbergh Farias (PT), Luiz Fernando Pezão (PMDB), Anthony Garotinho (PR) e Marcelo Crivella (PRB).

Em uma frente, Dilma participará como convidada de atividades de campanha de seus apoiadores. Poderá, por exemplo, ir à Baixada Fluminense com o petista Lindbergh, ex-prefeito de Nova Iguaçu, e ao Norte do Estado com o ex-governador Garotinho, que tem na região seu principal reduto eleitoral.

Em outra, a candidata vai a encontros com mulheres, jovens, negros e profissionais de cultura, sem os candidatos a governador. Os partidos estarão representados pelos ativistas de cada um desses temas. Terão direito à palavra, mas também haverá integrantes de movimentos sociais e ONGs não vinculados a partidos.

O petista Adilson tem a tarefa de administrar a difícil relação entre os apoiadores de Dilma e evitar situações constrangedoras para a presidente. O maior conflito acontece entre Lindbergh e Pezão, desde que o PT rompeu aliança de sete anos com o PMDB e lançou candidatura própria ao governo.

A resposta de parte dos peemedebistas, liderados pelo presidente regional do partido, Jorge Picciani, foi o lançamento do movimento "Aezão", que prega o voto em Pezão e no candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves.

O governador, embora prometa apoio a Dilma, tem em sua chapa dois aliados do tucano, os candidatos a vice, Francisco Dornelles (PP), e ao Senado, Cesar Maia (DEM). Pezão diz que não participará das atividades de campanha de Aécio e prometeu a Dilma organizar uma reunião com 80 prefeitos fluminenses.

Segundo Adilson, um dos focos da campanha presidencial do PT no Rio será o eleitorado que busca candidatos alternativos à polarização entre PT e PSDB. O coordenador conta com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em encontros com esses eleitores.

Eles formam uma parcela grande do eleitorado do Estado. Em 2010, deram 31,5% dos votos à então candidata do PV, Marina Silva, que hoje disputa a vice-presidência na chapa de Eduardo Campos (PSB). Já em 2006, a candidata do PSOL, Heloísa Helena, teve 17% dos votos fluminenses, muito acima dos 6,8% do desempenho nacional.

"Temos o diagnóstico de que há um eleitor que foi do PT e que hoje está arredio. Pessoas da academia, artistas, integrantes de ONGs que já se envolveram em candidaturas nossas hoje têm ponderações justas. Queremos conversar sobre o que está em jogo nestas eleições, sobre os dois projetos (do PT e do PSDB). O Lula é a pessoa ideal para fazer isso", diz Adilson.

Em reunião dos coordenadores estaduais da campanha de Dilma com a direção nacional do PT, na semana passada, constatou-se que o Rio é um dos Estados mais difíceis para administrar os vários palanques da presidente. A campanha terá um comitê exclusivo, sem vínculo com qualquer candidato a governador.

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