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Dilma Rousseff diz que reajuste do Judiciário é lamentável

A presidente, entretanto, não disse se irá vetar o aumento salarial ao Judiciário. "Não discuto veto antes da hora", afirmou a presidente

A presidente Dilma Rousseff: "Achamos lamentável, porque é insustentável um País como o nosso, em qualquer circunstância, dar níveis de aumento tão elevados" (REUTERS/Edgard Garrido)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2015 às 17h54.

Montain View, Califórnia - A presidente Dilma Rousseff criticou nesta quarta-feira, 01, a decisão do Senado, em votação na noite desta terça-feira, 30, de aprovar reajuste salarial de até 78% entre 2015 e 2017 para os servidores do Poder Judiciário.

"Achamos lamentável, porque é insustentável um País como o nosso, em qualquer circunstância, dar níveis de aumento tão elevados", criticou a presidente, que está em viagem oficial aos Estados Unidos. Segundo ela, tal nível de reajuste "de fato, compromete o ajuste fiscal".

A presidente, entretanto, não disse se irá vetar o aumento salarial ao Judiciário. "Não discuto veto antes da hora", afirmou a presidente.

Em seguida, porém, Dilma fez elogios ao Congresso e agradeceu que parte expressiva do ajuste fiscal já foi aprovada. "Não chamaria de desafio, porque faz parte da democracia", disse a presidente.

A presidente lembrou que ontem, ao mesmo tempo que o Senado aprovou o reajuste para o Judiciário (assunto negativo para o governo), a Câmara rejeitou a proposta de reduzir de 18 ara 16 anos a maioridade penal para alguns tipos de crimes (seguindo posição defendida pelo Planalto).

"O Congresso, como democracia, é assim. Tem dia que você ganha. Tem dia que você perde", argumentou a presidente.

Diante desse cenário de pluralidade de discussões e opiniões que surgem dentro do Legislativo, Dilma disse que não há mal-estar nas relações do Planalto com o Congresso. "Acho que tem hora que vocês criam um clima que não existe", disse.

Lula

A presidente também minimizou críticas realizadas recentemente pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "O meu querido presidente Lula tem todo direito de fazer as críticas que ele quiser, especialmente a mim.

E eu sempre encontro com ele, mas não tenho nada marcado por agora", afirmou. Lula, há pouco tempo, criticou o modo como Dilma está conduzindo a articulação do ajuste fiscal no Congresso.

Dilma não quis comentar os resultados da pesquisa CNI-Ibope divulgada nesta quarta-feira. "Não comento pesquisa, nem quando sobe, nem quando desce", comentou a presidente.

A avaliação negativa do governo da presidente Dilma Rousseff, de 68% dos entrevistados, é a pior da série histórica do levantamento feito pelo Ibope divulgado hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O porcentual daqueles que avaliam como ruim ou péssimo o governo bateu o recorde nos 29 anos dos dados compilados pela pesquisa e ultrapassou a marca negativa do então presidente José Sarney em julho de 1989.

Por outro lado, a avaliação positiva do governo de Dilma, de 9%, só não foi pior à registrada por Sarney em sondagens realizadas em junho e em julho de 1989. Na ocasião, Sarney tinha 7% de avaliação ótima ou boa dos entrevistados.

O levantamento foi realizado entre 18 e 21 do mês passado, antes da divulgação do conteúdo da delação premiada de Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC. Foram ouvidas 2.002 pessoas em 141 municípios. A margem de erro máxima é de dois pontos porcentuais e o grau de confiança é de 95%.

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Montain View, Califórnia - A presidente Dilma Rousseff criticou nesta quarta-feira, 01, a decisão do Senado, em votação na noite desta terça-feira, 30, de aprovar reajuste salarial de até 78% entre 2015 e 2017 para os servidores do Poder Judiciário.

"Achamos lamentável, porque é insustentável um País como o nosso, em qualquer circunstância, dar níveis de aumento tão elevados", criticou a presidente, que está em viagem oficial aos Estados Unidos. Segundo ela, tal nível de reajuste "de fato, compromete o ajuste fiscal".

A presidente, entretanto, não disse se irá vetar o aumento salarial ao Judiciário. "Não discuto veto antes da hora", afirmou a presidente.

Em seguida, porém, Dilma fez elogios ao Congresso e agradeceu que parte expressiva do ajuste fiscal já foi aprovada. "Não chamaria de desafio, porque faz parte da democracia", disse a presidente.

A presidente lembrou que ontem, ao mesmo tempo que o Senado aprovou o reajuste para o Judiciário (assunto negativo para o governo), a Câmara rejeitou a proposta de reduzir de 18 ara 16 anos a maioridade penal para alguns tipos de crimes (seguindo posição defendida pelo Planalto).

"O Congresso, como democracia, é assim. Tem dia que você ganha. Tem dia que você perde", argumentou a presidente.

Diante desse cenário de pluralidade de discussões e opiniões que surgem dentro do Legislativo, Dilma disse que não há mal-estar nas relações do Planalto com o Congresso. "Acho que tem hora que vocês criam um clima que não existe", disse.

Lula

A presidente também minimizou críticas realizadas recentemente pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "O meu querido presidente Lula tem todo direito de fazer as críticas que ele quiser, especialmente a mim.

E eu sempre encontro com ele, mas não tenho nada marcado por agora", afirmou. Lula, há pouco tempo, criticou o modo como Dilma está conduzindo a articulação do ajuste fiscal no Congresso.

Dilma não quis comentar os resultados da pesquisa CNI-Ibope divulgada nesta quarta-feira. "Não comento pesquisa, nem quando sobe, nem quando desce", comentou a presidente.

A avaliação negativa do governo da presidente Dilma Rousseff, de 68% dos entrevistados, é a pior da série histórica do levantamento feito pelo Ibope divulgado hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O porcentual daqueles que avaliam como ruim ou péssimo o governo bateu o recorde nos 29 anos dos dados compilados pela pesquisa e ultrapassou a marca negativa do então presidente José Sarney em julho de 1989.

Por outro lado, a avaliação positiva do governo de Dilma, de 9%, só não foi pior à registrada por Sarney em sondagens realizadas em junho e em julho de 1989. Na ocasião, Sarney tinha 7% de avaliação ótima ou boa dos entrevistados.

O levantamento foi realizado entre 18 e 21 do mês passado, antes da divulgação do conteúdo da delação premiada de Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC. Foram ouvidas 2.002 pessoas em 141 municípios. A margem de erro máxima é de dois pontos porcentuais e o grau de confiança é de 95%.

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