Dilma quer “roubar” os engenheiros das tesourarias dos bancos
Presidente da República diz que a infraestrutura do Brasil precisa de mão de obra qualificada
Da Redação
Publicado em 26 de julho de 2011 às 13h10.
São Paulo – O Brasil paga atualmente o preço elevado de duas décadas perdidas, nos anos 80 e 90. Com uma economia estagnada e sem investimentos em infraestrutura, não houve estímulos para que os jovens daquela época fizessem cursos de engenharia. Resultado: faltam engenheiros no país.
A presidente Dilma Rousseff tem a noção exata da gravidade do problema. Em reunião com empresários do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), nesta terça-feira (26), anunciou a criação de 75 mil bolsas para estudantes da área de Exatas frequentarem as melhores universidades do mundo, e disse esperar que o setor privado financie outras 25 mil.
Em discurso, Dilma afirmou que o Brasil “precisa superar os gargalos do crescimento gerado no governo Lula.” O Brasil, como se sabe, tem recorde de geração de empregos, pressões por aumentos salariais e escassez de mão de obra.
As construtoras conhecem bem esse cenário. Não há trabalhadores para a construção civil – e não estamos falando apenas de pedreiros e ajudantes. Procuram-se engenheiros.
A propósito, a presidente disparou diante de uma plateia formada majoritariamente por empresários e banqueiros. “Precisamos formar engenheiros não só para trabalhar nas tesourarias dos bancos e das grandes empresas como foi na década de 90.”
Prosseguiu Dilma: “Precisamos não só dos engenheiros nos bancos e nas empresas, mas em projetos de infraestrutura e, sobretudo, na área de pesquisa e inovação.”
A presidente está correta, mas precisa incentivar o setor produtivo para que as vagas sejam atraentes. Na década de 90, os engenheiros ingressaram em massa no mercado financeiro por falta de opção. Hoje, muitos relutam em migrar de área por causa dos bônus e salários atraentes proporcionados pelo sistema financeiro. Eis o desafio.
São Paulo – O Brasil paga atualmente o preço elevado de duas décadas perdidas, nos anos 80 e 90. Com uma economia estagnada e sem investimentos em infraestrutura, não houve estímulos para que os jovens daquela época fizessem cursos de engenharia. Resultado: faltam engenheiros no país.
A presidente Dilma Rousseff tem a noção exata da gravidade do problema. Em reunião com empresários do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), nesta terça-feira (26), anunciou a criação de 75 mil bolsas para estudantes da área de Exatas frequentarem as melhores universidades do mundo, e disse esperar que o setor privado financie outras 25 mil.
Em discurso, Dilma afirmou que o Brasil “precisa superar os gargalos do crescimento gerado no governo Lula.” O Brasil, como se sabe, tem recorde de geração de empregos, pressões por aumentos salariais e escassez de mão de obra.
As construtoras conhecem bem esse cenário. Não há trabalhadores para a construção civil – e não estamos falando apenas de pedreiros e ajudantes. Procuram-se engenheiros.
A propósito, a presidente disparou diante de uma plateia formada majoritariamente por empresários e banqueiros. “Precisamos formar engenheiros não só para trabalhar nas tesourarias dos bancos e das grandes empresas como foi na década de 90.”
Prosseguiu Dilma: “Precisamos não só dos engenheiros nos bancos e nas empresas, mas em projetos de infraestrutura e, sobretudo, na área de pesquisa e inovação.”
A presidente está correta, mas precisa incentivar o setor produtivo para que as vagas sejam atraentes. Na década de 90, os engenheiros ingressaram em massa no mercado financeiro por falta de opção. Hoje, muitos relutam em migrar de área por causa dos bônus e salários atraentes proporcionados pelo sistema financeiro. Eis o desafio.