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Dilma não passou por estrutura parlamentar, diz Feldman

O coordenador geral da campanha de Marina Silva ressaltou que Dilma não foi nem vereadora


	Dilma: "ninguém gosta da Dilma no Congresso Nacional, as pessoas a suportam", disse Feldman
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Dilma: "ninguém gosta da Dilma no Congresso Nacional, as pessoas a suportam", disse Feldman (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2014 às 12h54.

São Paulo - O coordenador geral da campanha de Marina Silva (PSB), Walter Feldman, disse nesta sexta-feira, 3, que, conforme observou Marina Silva nesta quinta-feira no debate da TV Globo, Dilma não foi nem vereadora. "Ela nunca passou por nenhuma estrutura parlamentar", criticou Feldman que é deputado federal licenciado.

Em conferência com investidores e pessoas do mercado financeiro, ele ainda destacou que a presidente não é querida pelos parlamentares brasileiros. "Ninguém gosta da Dilma no Congresso Nacional, as pessoas a suportam", disse.

O público participante da teleconferência reforçou a preocupação do mercado com a forma de negociar com o Congresso que Marina adotaria em eventual governo. Feldman repetiu o discurso da candidata de que o atual presidencialismo de coalizão, virou presidencialismo de "cooptação" e que essa ideia de governabilidade é equivocada.

"Essa (governabilidade) que está aí nós não queremos e não é boa para o País", afirmou o coordenador.

Conforme Feldman, a proposta do governo Marina será fazer uma verdadeira "operação Granero", para retirar os maus políticos instalados em Brasília.

"Queremos que eles arrumem suas coisas, coloquem seus móveis nos caminhões e deixem a capital", disse, ao comentar sobre políticos e partidos que se apoderam das estruturas de poder apenas pelo poder, com as negociações para aprovação de projetos sem debate democrático, mas com base em troca de favores e cargos.

O coordenador de campanha ressaltou que Marina, se eleita, será a presidente com maior experiência parlamentar dos últimos tempos, já que foi vereadora, deputada e senadora. "Marina sabe como se dialoga com o Congresso Nacional, sabe respeitar os parlamentares. Isso é que vai garantir a governabilidade".

Questionado sobre articulações para o segundo turno, se Marina chegar a ele, Feldman disse que haverá uma conversa "programática" com todos os partidos que não tiverem sucesso em avançar para a segunda fase do pleito, bem como com outros setores.

"Vamos falar também com todas as forças políticas, sociais, empresariais." O coordenador colocou o discurso firme e otimista da campanha, de que Marina estará no segundo turno e que as pesquisas não mostram mais uma tendência de queda da candidata. "As pesquisas que aí estão revelam estabilidade dos números e o nosso tracking (pesquisa interna) revela recuperação da Marina e queda da Dilma", afirmou.

Segundo a pesquisa Ibope divulgada ontem, Dilma oscilou de 39% para 40%, Marina foi de 25% para 24% e Aécio Neves (PSDB) manteve 19%. Já pelo Datafolha, Dilma manteve 40%, Marina oscilou de 25% para 24% e Aécio foi de 20% para 21% - chegando a um empate técnico com a candidata do PSB.

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