Brasil

Dilma leva pessoalmente mensagem do Executivo ao Congresso

Contrariando expectativas, a presidente comparecerá ao Congresso para entregar a mensagem do Executivo durante abertura dos trabalhos legislativos


	Dilma Rousseff: mudança representa uma sinalização da presidente em busca de mais apoio na Câmara e no Senado
 (Andressa Anholete / AFP)

Dilma Rousseff: mudança representa uma sinalização da presidente em busca de mais apoio na Câmara e no Senado (Andressa Anholete / AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de fevereiro de 2016 às 23h02.

Contrariando expectativas, a presidente Dilma Rousseff comparecerá ao Congresso Nacional nesta terça-feira (2) para entregar a mensagem do Executivo durante abertura dos trabalhos legislativos deste ano.

A mudança de planos, feita após o presidente do Congresso, Renan Calheiros, se encontrar com ela nesta segunda (1º), representa uma sinalização da presidente em busca de mais apoio na Câmara e no Senado.

Na mensagem presidencial, além de destacar propostas do ajuste fiscal aprovadas em 2015, a presidente vai pedir apoio para novas medidas, que na avaliação do governo, são indispensáveis para a retomada da economia, como a reforma da previdência e a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

Na semana passada, o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, disse que havia 90% de chance de ele representar o governo no ato, conforme praxe. Em geral, os presidentes da República participam da sessão conjunta do Congresso somente no primeiro ano dos primeiros mandatos.

Além de derrubar o processo de impeachment, o governo trabalha para aprovar medidas econômicas que tramitam desde o ano passado, como o retorno da CPMF e a prorrogação da Desvinculação das Receitas da União (DRU, que permite o livre remanejamento de parte do Orçamento). O objetivo também é emplacar projetos anunciados este ano, como a reforma da Previdência.

De acordo com Jaques Wagner, a presidente também defenderá na mensagem a necessidade de ações de mobilização e combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor dos vírus da dengue, chikungunya e Zika . Segundo o ministro, o impeachment não deve constar no comunicado.

"A mensagem não toca neste assunto [impeachment]. [Essa] é uma agenda do Congresso, não da presidente", afirmou. Na avaliação de governistas e oposicionistas, os trabalhos do primeiro semestre do Congresso serão de paralisia.

Acompanhe tudo sobre:CongressoDilma RousseffPersonalidadesPolíticaPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Alesp aprova proibição de celulares em escolas públicas e privadas de SP

Geração está aprendendo menos por causa do celular, diz autora do PL que proíbe aparelhos em escolas

Após cinco anos, Brasil recupera certificado de eliminação do sarampo

Bastidor: queda na popularidade pressiona Lula por reforma ministerial e “cavalo de pau do governo”