Brasil

Dilma fará reforma ministerial para ajustar base aliada

PMDB deverá eleger Henrique Eduardo Alves (RN) presidente da Câmara e Renan Calheiros (AL) presidente do Senado


	Acredita-se que, caso o candidato petista Fernando Haddad vença a eleição para a Prefeitura de São Paulo, o PMDB terá espaço dentro da prefeitura
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Acredita-se que, caso o candidato petista Fernando Haddad vença a eleição para a Prefeitura de São Paulo, o PMDB terá espaço dentro da prefeitura (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2012 às 09h04.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff pretende fazer uma reforma ministerial para ajustar a base aliada à nova configuração política que resultará da eleição municipal e da escolha dos presidentes da Câmara e do Senado, em fevereiro. O PMDB deverá eleger Henrique Eduardo Alves (RN) presidente da Câmara e Renan Calheiros (AL) presidente do Senado. Com isso, terá maior poder de barganha com o governo e deverá exigir mais uma pasta.

De acordo com informações do Palácio do Planalto, caberá ao PSD um ministério, pois o partido apoia a presidente há quase um ano sem ter recebido nada em troca. O problema é que após a briga da senadora Kátia Abreu (TO) com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o PSD ficou enfraquecido. A presidente vai aguardar que o partido escolha o nome do filiado que deverá fazer parte de sua equipe.

Pelas informações de bastidores, Dilma trabalha no momento com alguns cenários que já estão perfeitamente encaixados e em outros que podem mudar, dependendo do resultado do segundo turno da eleição e do comportamento dos partidos aliados daqui para a frente.

O PSB do governador Eduardo Campos, por exemplo, é tido como uma incógnita. O partido foi o que mais cresceu e sai fortalecido das urnas. Mas Dilma não tem ainda ideia de como Campos agirá. A suspeita é de que ele mantenha um pé na canoa do governo e outro na dos aliados que tem na oposição. Se isso ocorrer, a tendência da presidente será manter o PSB à frente dos ministérios da Integração Nacional e dos Portos. Se Campos der sinal de que romperá com Aécio Neves (PSDB), é considerado natural que o partido queira mais um ministério ou uma estatal importante.

Eleição

Caso o candidato petista Fernando Haddad vença a eleição para a Prefeitura de São Paulo, é certo que o PMDB do deputado Gabriel Chalita terá espaço dentro da prefeitura, podendo indicar secretários. Mas não há certeza quanto ao aproveitamento de Chalita num ministério. Já se falou na Educação e na Ciência e Tecnologia para ele, mas Dilma já deu sinais de que não deve mudar estas pastas.

O futuro da ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) depende do resultado da eleição em Curitiba (PR). Se Gustavo Fruet vencer, o casal de ministros Gleisi e Paulo Bernardo (Comunicações) sairá fortalecido. E as possibilidades de Gleisi antecipar a volta para o Senado para que possa ter mais tempo de atuar no Paraná tornam-se mais concretas. Gleisi pretende disputar o governo paranaense em 2014. Com a vitória de Fruet, que foi bancado por Gleisi e Paulo Bernardo, a presidente sabe que não terá mais condição de segurar sua ministra da Casa Civil. 

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffEleiçõesEleições 2012Governo DilmaPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Agência do Banco do Brasil é alvo de assalto com reféns na grande SP

Desde o início do ano, 16 pessoas foram baleadas ao entrarem por engano em favelas do RJ

Justiça suspende revisão que permitiria construção de condomínios nos Jardins

Dino convoca para fevereiro audiência com nova cúpula do Congresso para discutir emendas