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Dilma diz que adversários vão acabar com Bolsa Família

Estratégia da candidata à presidência tem sido utilizada em programa eleitoral e quer atingir principalmente a adversária Marina Silva, do PSB

Dilma Rousseff: candidata do PT também insinua que adversários querem flexibilizar direitos trabalhistas (REUTERS/Ueslei Marcelino)
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Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2014 às 18h20.

São Paulo - A presidente Dilma Rousseff disse ontem, em comício na zona sul de São Paulo, que o programa Bolsa Família vai acabar se seus adversários forem eleitos.

A duas semanas da votação em 1.º turno, a petista vocalizou uma estratégia de sua campanha. "Faltam poucos dias para a eleição e, neste momento, o clima fica um pouco quente e nós sabemos que começa uma série de mentiras e boatos falsos por aí", disse a presidente no palanque.

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"Tem uns que dizem que o Bolsa Família, nosso programa mais importante, o programa que nós consideramos o mais forte para reduzir pobreza e desigualdade, junto com emprego e aumento de salário , vai acabar. Vai acabar se eles forem eleitos", afirmou Dilma.

Nos programas eleitorais na TV, a campanha petista tem colocado mensagens indicando que adversários podem acabar com o Bolsa Família, em especial Marina Silva (PSB), mas esse discurso geralmente não aparece na boca de Dilma.

Marina chegou a responder com uma peça que reproduz um recente discurso em Fortaleza (CE). Com a voz embargada e lágrimas nos olhos, a candidata do PSB conta um episódio de sua infância, no qual passou fome, e se dirige a Dilma, afirmando que, por isso, jamais acabaria com o programa.

Em Campinas, onde cumpriu agenda ontem, Marina voltou a garantir que, se eleita, não vai acabar com os programas sociais do atual governo, como o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida . "Nós vamos manter as coisas boas, mas não vamos ser complacentes com o que está errado, como a corrupção, o apadrinhamento político."

'Soy yo'

Dilma participou pela manhã de passeata no bairro Santo Amaro, na zona sul da capital, com candidatos petistas no Estado. Ela voltou a insinuar que os adversários estariam dispostos a flexibilizar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

A deixa para falar sobre o assunto partiu de um questionamento de uma repórter da campanha petista sobre se, no caso da vitória dos rivais, os direitos trabalhistas estariam ameaçados. "São conquistas históricas, algo que conquistamos e que vamos defender."

Ao chegar, a presidente foi ao encontro da imprensa. Quando os jornalistas tentaram fazer a primeira pergunta, ela interrompeu: "Meu querido, quem começa falando soy yo. O primeiro minuto é meu e vou falar sobre educação infantil."

Após uma fala que durou cerca de 20 minutos, disse que estava à disposição dos repórteres, mas a única pergunta respondida foi a da jornalista da campanha.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo .

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