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Dilma dará palavra final sobre leilão do trem-bala

Mesmo já admitindo o adiamento do leilão do trem-bala, a ANTT descarta qualquer mudança na tarifa máxima de R$ 0,49 por quilômetro

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2011 às 19h18.

São Paulo - A decisão sobre o adiamento do leilão do Trem de Alta Velocidade (TAV) passará pelo crivo da presidente Dilma Rousseff. Segundo a assessoria do Ministério dos Transportes, todos os pedidos de adiamento do processo de licitação, marcado para 11 de abril, estão sendo analisados e a conclusão será levada para a presidente Dilma, em uma reunião cuja data ainda não foi confirmada.

O Ministério não confirmou o recebimento da análise dos pedidos de adiamento da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A assessoria do órgão informou que não vai comentar procedimentos internos.

ANTT já admite o adiamento do leilão do TAV. "Está ficando cada vez mais irreversível. A nossa análise é de que o adiamento pode gerar um ambiente mais positivo para o projeto", afirmou hoje Bernardo Figueiredo, diretor-geral da ANTT, à Agência Estado. "Num projeto deste tamanho, não posso, pela rigidez do cronograma, tirar deles (das empresas) a chance de concorrer ao projeto", reforçou.

Figueiredo reiterou que a decisão é do Ministério dos Transportes e não quis revelar o prazo de postergação defendido pela agência. Segundo Figueiredo, as prorrogações pleiteadas variam de dois a seis meses e a decisão deve ser por um prazo intermediário.

Mesmo já admitindo o adiamento do leilão do trem-bala, a ANTT descarta qualquer mudança na tarifa máxima de R$ 0,49 por quilômetro, estabelecida no edital do projeto e aprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). "Não recebemos nenhum pedido de alteração da tarifa teto. E, se for pedido, vai ser negado", revelou Bernardo Figueiredo.

Questionado sobre a ligação entre a decisão do governo de adiar o leilão e a viagem da presidente Dilma Rousseff, em 11 de abril para a China, Figueiredo admitiu a possibilidade de as negociações entre os dois países reverterem a posição dos chineses de participar apenas como construtores ou fornecedores do empreendimento.

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