Dilma chamará Conselho Político por pacto antidespesa
Presidente propôs aos deputados um pacto pelo não aumento de despesas sob preocupações da possibilidade de estouro de gastos
Da Redação
Publicado em 13 de novembro de 2013 às 18h15.
Brasília - Preocupada com a possibilidade de estouro de gastos em decorrência da possibilidade de aprovação de despesas pelo Congresso, num momento em que a situação fiscal do País merece atenção, a presidente Dilma Rousseff propôs nesta quarta-feira, 13, aos deputados um pacto pelo não aumento de despesas. Na segunda-feira, Dilma vai reiterar o apelo aos senadores e, na terça-feira, 12, quer convocar o Conselho Político para acertar o acordo.
De acordo com os deputados presentes à reunião desta quarta-feira, ela rechaçou as notícias de que o País esteja em crise, mas advertiu que não se pode criar despesas para não afetar o risco-Brasil porque a turbulência internacional não está debelada e não se sabe como ela se comportará. "Não se pode descuidar da situação fiscal do País, pois a situação internacional suscita dúvidas", disse, de acordo com o líder do PDT na Câmara, Anthony Garotinho (RJ), um dos presentes ao encontro que durou cerca de duas horas e 30 minutos.
Ainda segundo Anthony Garotinho, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, lembrou que as despesas crescem 14%, enquanto as receitas sobem apenas 11%. "É preciso cuidar para que não se tenha um embaraço financeiro", teria dito Mantega, conforme relato o líder do PDT na Câmara.
De acordo com o líder do PTB, deputado Jovair Arantes (GO), na reunião desta quarta, com quatro ministros e 11 líderes dos partidos da base na Câmara, Dilma afirmou que, apesar de o Brasil não estar em crise, mas os jornais insistirem nesta tese diariamente, é preciso "estar atento" à situação econômica do País e do mundo, porque não vivemos em uma ilha.
Na análise da presidente, ainda segundo Arantes, o governo fez muitas desonerações nos últimos anos para assegurar os empregos e o crescimento, mas agora chegou o momento de apertar o cinto e todos darem a contribuição. Neste momento, Dilma apelou aos deputados que não deixem que os projetos que criam despesa, como o do piso salarial dos agentes comunitários, sejam aprovados pelo Congresso porque podem afetar o risco-Brasil. A presidente, conforme ele, disse que "a crise não está debelada".
O líder do PP, deputado Eduardo da Fonte (PE), declarou que Dilma lembrou que "o momento econômico mundial não é satisfatório" e que "é preciso colaboração do Congresso para que novas despesas não sejam criadas porque elas podem trazer embaraços financeiros para o País". De acordo com Fonte, a presidente afirmou que criar novas despesas neste momento "delicado" da economia pode "trazer consequências para o risco-Brasil".
Dilma insistiu que "o momento econômico no País não é simples e requer colaboração de todos". A presidente teria insistido que a administração federal abriu mão de muitas receitas para garantir empregos e que, por isso mesmo, não é possível, neste momento, conceder aumentos salariais ou criar pisos para categorias porque outras poderiam vir em bloco exigir o mesmo, o que não será possível, segundo ela.
Os deputados reclamaram que Dilma teria de se reunir com os senadores porque a maior parte das despesas é criada em projetos que nasceram no Senado. A presidente prometeu, então, uma reunião com os líderes do Senado na segunda-feira, 18, e, na terça, com o Conselho Político. O conselho reúne não só os presidentes da Câmara e do Senado, mas os líderes das legendas da base e presidentes de todas as siglas.
Brasília - Preocupada com a possibilidade de estouro de gastos em decorrência da possibilidade de aprovação de despesas pelo Congresso, num momento em que a situação fiscal do País merece atenção, a presidente Dilma Rousseff propôs nesta quarta-feira, 13, aos deputados um pacto pelo não aumento de despesas. Na segunda-feira, Dilma vai reiterar o apelo aos senadores e, na terça-feira, 12, quer convocar o Conselho Político para acertar o acordo.
De acordo com os deputados presentes à reunião desta quarta-feira, ela rechaçou as notícias de que o País esteja em crise, mas advertiu que não se pode criar despesas para não afetar o risco-Brasil porque a turbulência internacional não está debelada e não se sabe como ela se comportará. "Não se pode descuidar da situação fiscal do País, pois a situação internacional suscita dúvidas", disse, de acordo com o líder do PDT na Câmara, Anthony Garotinho (RJ), um dos presentes ao encontro que durou cerca de duas horas e 30 minutos.
Ainda segundo Anthony Garotinho, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, lembrou que as despesas crescem 14%, enquanto as receitas sobem apenas 11%. "É preciso cuidar para que não se tenha um embaraço financeiro", teria dito Mantega, conforme relato o líder do PDT na Câmara.
De acordo com o líder do PTB, deputado Jovair Arantes (GO), na reunião desta quarta, com quatro ministros e 11 líderes dos partidos da base na Câmara, Dilma afirmou que, apesar de o Brasil não estar em crise, mas os jornais insistirem nesta tese diariamente, é preciso "estar atento" à situação econômica do País e do mundo, porque não vivemos em uma ilha.
Na análise da presidente, ainda segundo Arantes, o governo fez muitas desonerações nos últimos anos para assegurar os empregos e o crescimento, mas agora chegou o momento de apertar o cinto e todos darem a contribuição. Neste momento, Dilma apelou aos deputados que não deixem que os projetos que criam despesa, como o do piso salarial dos agentes comunitários, sejam aprovados pelo Congresso porque podem afetar o risco-Brasil. A presidente, conforme ele, disse que "a crise não está debelada".
O líder do PP, deputado Eduardo da Fonte (PE), declarou que Dilma lembrou que "o momento econômico mundial não é satisfatório" e que "é preciso colaboração do Congresso para que novas despesas não sejam criadas porque elas podem trazer embaraços financeiros para o País". De acordo com Fonte, a presidente afirmou que criar novas despesas neste momento "delicado" da economia pode "trazer consequências para o risco-Brasil".
Dilma insistiu que "o momento econômico no País não é simples e requer colaboração de todos". A presidente teria insistido que a administração federal abriu mão de muitas receitas para garantir empregos e que, por isso mesmo, não é possível, neste momento, conceder aumentos salariais ou criar pisos para categorias porque outras poderiam vir em bloco exigir o mesmo, o que não será possível, segundo ela.
Os deputados reclamaram que Dilma teria de se reunir com os senadores porque a maior parte das despesas é criada em projetos que nasceram no Senado. A presidente prometeu, então, uma reunião com os líderes do Senado na segunda-feira, 18, e, na terça, com o Conselho Político. O conselho reúne não só os presidentes da Câmara e do Senado, mas os líderes das legendas da base e presidentes de todas as siglas.