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Dilma acata indicação do PMDB e governo fecha reforma

O governo conseguiu fechar a reforma ministerial que será anunciada pela presidente em um acordo com o PMDB sobre o Ministério da Ciência e Tecnologia


	Dilma Rousseff: presidente concordou em nomear o deputado Celso Pansera (RJ), a quem tinha resistência, para o Ministério da Ciência e Tecnologia
 (REUTERS)

Dilma Rousseff: presidente concordou em nomear o deputado Celso Pansera (RJ), a quem tinha resistência, para o Ministério da Ciência e Tecnologia (REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2015 às 20h51.

Brasília - O governo conseguiu fechar a reforma ministerial que será anunciada pela presidente Dilma Rousseff na sexta-feira, em um acordo em que a bancada do PMDB na Câmara aceitou o Ministério da Ciência e Tecnologia e a presidente concordou em nomear o deputado Celso Pansera (RJ), a quem tinha resistência, informaram à Reuters fontes ligadas ao partido nesta quinta.

Dilma fez mais uma tentativa, na noite desta quinta-feira, de convencer o ministro da Secretaria de Ação Civil, Eliseu Padilha, a trocar sua pasta pela Ciência e Tecnologia e assim abrir caminho para ceder à bancada peemedebista da Câmara uma pasta da área de infraestrutura, como exigia o líder do partido na Casa, Leonardo Picciani (RJ).

Padilha negou mais uma vez e acabou sendo confirmado na Aviação Civil. Picciani, que confirmara durante a tarde estar esperando um chamado da presidente, chegou no início da noite ao Planalto acompanhado de Pansera e do deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), que será o novo ministro da Saúde, para ambos serem oficialmente chamados para o ministério.

Dilma resistia a nomear Pansera para o cargo, apesar do deputado ser o preferido de Picciani.  

Durante a conversa com Padilha, a presidente manifestou insegurança em nomear Pansera, que não teria, segundo ela, “densidade política”, contou uma fonte presente ao encontro.

Apesar de não citar o caso, há resistência no governo também devido ao fato de Pansera ter sido citado pelo doleiro Alberto Yousseff, em delação premiada na operação Lava-Jato, como “pau- mandado” do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o que o deputado nega.

Durante a conversa, Padilha teria então sugerido que Dilma falasse com o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), sobre o futuro ministro.

O governador já havia dado declarações de apoio à nomeação de Pansera. A presidente também informou à Helder Barbalho que ele estava confirmado na Secretaria de Portos, como previsto inicialmente.

Na tarde desta quinta o ministro já havia até mesmo se despedido dos funcionários da Secretaria de Pesca, que será reincorporada ao Ministério da Agricultura, contou à Reuters uma fonte do PMDB.

Dilma ainda recebe nesta noite o deputado André Figueiredo (PDT-CE), para convidá-lo oficialmente a assumir o Ministério das Comunicações.

O anúncio da reforma será feito pela própria presidente na manhã de sexta-feira, em uma declaração à imprensa, acompanhada de todos os ministros da nova equipe. Dilma pediu a todos, e ao vice-presidente Michel Temer, para que não viajassem para que pudessem acompanhá-la no anúncio.

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