DILMA ROUSSEFF: os nomes de Lula, Cardozo e Wagner já estão no Diário Oficial da União desta quinta-feira / (Dorivan Marinho/CON/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 12 de maio de 2016 às 07h35.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h04.
Dilma exonera alto escalão
A edição do Diário Oficial da União desta quinta-feira traz a lista de exonerações dos ministros e principais integrantes do governo de Dilma Rousseff, afastada pelo Senado. Entre os políticos sem cargo estão o ex-ministro do Gabinete Pessoa da Presidência Jaques Wagner, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (que nunca chegou a assumir a Casa Civil) e o advogado-geral da União José Eduardo Cardozo.
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O último dia de vice
O agora novo presidente Michel Temer passou a quarta-feira em reuniões com de duas dúzias de políticos no Palácio do Jaburu. Entre os visitantes estavam deputados de PR, PRB, DEM, PMDB, PSB, PPS. Os futuros ministros Henrique Meirelles e Moreira Franco passaram horas no Palácio. O almoço foi com o ex-presidente José Sarney. A primeira reunião ministerial está convocada para a tarde desta quinta-feira.
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O discurso de Collor
Alvo de um processo de impedimento em 1992, o ex-presidente Fernando Collor ocupou a tribuna do Senado para dizer que havia avisado Dilma Rousseff da possibilidade do impeachment. Ele também criticou as prática do governo petista pelo “fisiologismo que envergonha a classe política”. “Há 11 anos vimos o choro de parlamentares decepcionados com as agruras e a verdade crua de um partido. Hoje, envoltos em tormentos muito piores, não vejo sequer uma lágrima, uma lágrima de constrangimento que seja. Ao contrário: o que se vê é a defesa rouca, cega, mouca e intransigente”. Atualmente, Collor é alvo da Lava-Jato, suspeito de receber 26 milhões de reais em propinas do petrolão.
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Renan Calheiros na mira
O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, afirmou que deve liberar em breve processo contra o presidente do Senado, Renan Calheiros. A denúncia, feita pela Procuradoria-Geral da República, acusa o senador por crimes de peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso. Se o plenário do Supremo acatar a acusação, Calheiros passará a ser réu e deverá ser afastado do cargo. O processo corre em segredo de Justiça desde 2007.
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Aécio Neves também
O ministro do STF Gilmar Mendes afirmou, nesta quarta-feira, que vai pedir abertura de inquérito contra o senador e presidente do PSDB, Aécio Neves, para apurar a suspeita de que ele tenha recebido propina de Furnas. As denúncias de que o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB) também teria envolvimento no caso foram encaminhadas ao ministro Dias Tóffoli.
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Os ministros de Temer
O vice-presidente Michel Temer continua a escolher quem serão seus próximos ministros. Nesta quarta-feira, foi definido que o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, assumirá o Ministério da Justiça. Ele deve ter a função de, juntamente aos governadores, definir políticas de combate à violência urbana. Moraes figura ao lado de outros nomes, como Henrique Meirelles, que estará na Fazenda, e José Serra, que deverá ocupar as Relações Exteriores.
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Liderança do Banco Central ainda incerta
O economista-chefe do banco Itaú e ex-diretor do Banco Central, Ilan Goldfajn, é o principal nome cotado para assumir a presidência da entidade. Entretanto, Henrique Meirelles, escolhido para o Ministério da Fazenda, ainda não confirmou a decisão. O vice-presidente Michel Temer já havia decidido que o novo presidente do Banco Central não terá cargo de ministro, o que provoca atritos entre a própria base aliada.
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Com defensa, sem defesa
O nome do deputado Newton Cardoso Jr. (PMDB-MG) havia sido ventilado na tarde desta quarta-feira como provável nome para o Ministério da Defesa, de acordo com pessoas que estiverma com o pemedebista. Com reação negativa militares que se indignaram com a falta de experiência de Cardoso, de 36 anos, Temer voltou atrás e disse que o deputador não seria nomeado para a pasta caso o Senado aprove o afastamento de Dilma.
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Dilma limpa gabinete
A presidente Dilma Rousseff retirou todos os seus pertences do gabinete ao longo da quarta-feira. Tudo foi levado ao Palácio da Alvorada, residência presidencial, onde Dilma passou a manhã em reunião com o assessor especial Giles Azevedo e onde gravou um vídeo para comentar seu iminente afastamento do cargo. No pronunciamento que, a princípio, deverá ser divulgado nas redes sociais oficiais na noite de hoje ou na manhã de amanhã, a presidente deve reafirmar que é vítima de um golpe.
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A despedida de Dilma
O ex-presidente Lula deve participar da caminhada de afastamento ao lado da presidente Dilma Rousseff, que deve sair do Palácio do Planalto após o término da votação. Lula aconselhou-a a não descer pela rampa, como estava previsto inicialmente, porque teria a conotação de “fim de governo”. O plano é mostrar resistência no decorrer do processo. Dilma deve sair pela porta principal do Planalto, acompanhada de ministros e assessores, que farão uma caminhada de 5 quilômetros até o Palácio da Alvorada.