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Desembargadora que acusou Marielle diz que se precipitou

Sem apresentar provas, desembargadora insinuou envolvimento de vereadora do Rio assassinada na semana passada com crime organizado

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Ilustração mostra vereadora Marielle Franco, assassinada no Rio de Janeiro (Pilar Olivares/Reuters)

Ilustração mostra vereadora Marielle Franco, assassinada no Rio de Janeiro (Pilar Olivares/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2018 às, 14h57.

Última atualização em 19 de março de 2018 às, 16h25.

São Paulo - A desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) Marilia Castro Neves, que acusou a vereadora Marielle Franco (PSOL) de envolvimento com bandidos, fez um mea culpa nesta segunda-feira (19) e afirmou que repassou "de forma precipitada" notícias sobre a vereadora, que foi assassinada a tiros na quarta-feira (14).

Na sexta (16), a magistrada comentou em um post no Facebook que a vereadora teria sido eleita com apoio do Comando Vermelho e insinuou que sua morte seria fruto de um acerto de contas por descumprimento de compromissos com a facção. Apesar de não apresentar qualquer prova sobre as acusações, o post de Marilia viralizou nas redes sociais.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a desembargadora reconheceu que errou em novo post nesta segunda-feira (19). "No afã de defender as instituições policiais, ao meu ver injustamente atacadas, repassei, de forma precipitada, notícias que circulavam nas redes sociais", afirmou.

Segundo ela, "a conduta mais ponderada" seria esperar o fim das investigações para opinar sobre o assunto. "Independentemente do que se conclua das investigações, a morte trágica de um ser humano é algo que se deve lamentar e seus algozes merecem o absoluto rigor da lei", escreveu.

PSOL, partido do qual Marielle fazia parte, informou que irá entrar com uma representação contra Marilia no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

“De forma absolutamente irresponsável, a desembargadora entrou na “narrativa” que vem sido feita nas redes sociais para desconstruir a imagem de Marielle, do PSOL e da luta pelos direitos humanos”, comentou o PSOL.

Em tempo: segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro tabulados pelo jornal O Globo, a maior parte  dos votos conferidos a Marielle em 2016 ficaram concentrados em zonas ricas da cidade, como Leblon, Gávea, Copacabana, Ipanema e Lagoa.

 

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