Deputado Heinze pede desculpas a gays por declaração
Deputado classificou durante uma audiência da Comissão de Agricultura índios, gays e quilombolas como "tudo o que não presta".
Da Redação
Publicado em 19 de fevereiro de 2014 às 20h56.
Brasília - Foco de duas representações da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos, o deputado federal Luiz Carlos Heinze (PP-RS) disse que manterá suas críticas contra a política agrária do governo federal e repetiu o pedido de desculpas aos homossexuais. Em uma audiência da Comissão de Agricultura sobre demarcação de terras, em novembro passado no Rio Grande do Sul, Heinze classificou índios, gays e quilombolas como "tudo o que não presta".
O deputado será questionado pela Frente Parlamentar na Corregedoria da Câmara dos Deputados por quebra de decoro parlamentar e na Procuradoria Geral da República por incitação ao crime e à violência. Em vídeo, Heinze aparece atacando a "omissão" do governo na questão agrária do País e aponta o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência da República) como "foco do problema". "O Gilberto Carvalho também é ministro da presidente Dilma. E é ali que estão aninhados quilombolas, índios, gays, lésbicas, tudo que não presta", declarou.
"Não podemos nos deixar ficar omissos a uma situação tão grave quanto essa", disse a deputada Luiza Erundina (PSB-SP), membro da Frente Parlamentar. Para Erundina, a Frente não pode "transigir" com crimes explícitos contra os direitos humanos e com uma situação "clara" de estímulo à violência. "Não se resolve a violência com violência", argumentou. Além da Frente, o Conselho Nacional de Combate à Discriminação LGBT anunciou que também entrará com uma ação junto ao Ministério Público Federal contra o deputado.
Ao Broadcast Político, Heinze voltou a pedir desculpas aos gays e disse que se defenderá nas instâncias cabíveis. "Se quiserem entrar, podem entrar", afirmou. O deputado da frente ruralista destacou que o campo vive um conflito sério e que suas críticas foram direcionadas a quem comanda o processo agrário na esfera federal e aos líderes indígenas e quilombolas. "É ali que está o problema", insistiu.
Heinze ressaltou que sofre "cobranças todos os dias" como representante dos produtores rurais. Ele disse também que os produtores rurais também sofrem violações e negou que sua declaração tenha incentivado a violência. "Acho que não estou incitando a violência. Não estou dizendo para armarem gente e darem tiro", finalizou.
Brasília - Foco de duas representações da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos, o deputado federal Luiz Carlos Heinze (PP-RS) disse que manterá suas críticas contra a política agrária do governo federal e repetiu o pedido de desculpas aos homossexuais. Em uma audiência da Comissão de Agricultura sobre demarcação de terras, em novembro passado no Rio Grande do Sul, Heinze classificou índios, gays e quilombolas como "tudo o que não presta".
O deputado será questionado pela Frente Parlamentar na Corregedoria da Câmara dos Deputados por quebra de decoro parlamentar e na Procuradoria Geral da República por incitação ao crime e à violência. Em vídeo, Heinze aparece atacando a "omissão" do governo na questão agrária do País e aponta o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência da República) como "foco do problema". "O Gilberto Carvalho também é ministro da presidente Dilma. E é ali que estão aninhados quilombolas, índios, gays, lésbicas, tudo que não presta", declarou.
"Não podemos nos deixar ficar omissos a uma situação tão grave quanto essa", disse a deputada Luiza Erundina (PSB-SP), membro da Frente Parlamentar. Para Erundina, a Frente não pode "transigir" com crimes explícitos contra os direitos humanos e com uma situação "clara" de estímulo à violência. "Não se resolve a violência com violência", argumentou. Além da Frente, o Conselho Nacional de Combate à Discriminação LGBT anunciou que também entrará com uma ação junto ao Ministério Público Federal contra o deputado.
Ao Broadcast Político, Heinze voltou a pedir desculpas aos gays e disse que se defenderá nas instâncias cabíveis. "Se quiserem entrar, podem entrar", afirmou. O deputado da frente ruralista destacou que o campo vive um conflito sério e que suas críticas foram direcionadas a quem comanda o processo agrário na esfera federal e aos líderes indígenas e quilombolas. "É ali que está o problema", insistiu.
Heinze ressaltou que sofre "cobranças todos os dias" como representante dos produtores rurais. Ele disse também que os produtores rurais também sofrem violações e negou que sua declaração tenha incentivado a violência. "Acho que não estou incitando a violência. Não estou dizendo para armarem gente e darem tiro", finalizou.