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Deputado diz que foi pressionado a não ir à reunião de CPMI

A maioria dos parlamentares da base não compareceu aos trabalhos desta terça-feira, e o quórum para apreciação de requerimentos não foi atingido

CPMI: segundo Enio Bacci, pressão partiu da cúpula de seu partido e de parlamentares ligados ao governo (Valter Campanato/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2014 às 20h45.

São Paulo - O deputado Enio Bacci (PDT-RS) disse hoje (11) que foi “pressionado” a não comparecer à reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras , a fim de que não houvesse quórum para a votação de requerimentos.

Segundo Bacci, a pressão partiu da cúpula de seu partido e de parlamentares ligados ao governo .

A maioria dos parlamentares da base não compareceu aos trabalhos desta terça-feira, e o quórum para apreciação de requerimentos não foi atingido.

“A pressão foi no sentido de que a minha continuidade como membro titular da CPMI poderia estar comprometida caso eu não seguisse essa orientação de não comparecer para que não houvesse o quórum necessário. Essa pressão veio tanto de membros do governo quanto da cúpula do meu partido”, disse o deputado.

Bacci disse ainda que tem o apoio da bancada de seu partido para continuar investigando “doa a quem doer” as denúncias de corrupção na Petrobras.

No entanto, ressaltou que “há uma diferença entre a bancada e a direção partidária”.

O deputado contou que recebeu de sete a oito ligações e até contatos pessoais para que não fosse à reunião, e que alguns desses interlocutores disseram que ele seria obrigado a deixar a CPMI se contrariasse a orientação.

O parlamentar não quis revelar os nomes das pessoas que telefonaram para ele por considerar que isso seria “antiético” e acreditar que elas não o fizeram por vontade espontânea, mas por orientação do governo.

Procurado pela Agência Brasil, o presidente do PDT, Carlos Lupi, disse “que faz algum tempo que não fala com o deputado Enio Bacci”, e acrescentou: “Não tenho conhecimento de nada. Desconheço essa denúncia”.

O líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), também declarou não ter conhecimento da fala do deputado do PDT.

Disse ainda que “não falou com ele” e que não tem informação de que alguém teria procurado Bacci com o objetivo de repassar qualquer orientação.

O líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP), disse não saber da denúncia de Bacci e negou que o PT tivesse feito qualquer tipo de pressão.

"Eu não estou sabendo disso [da denúncia de que houve constrangimento], mas posso afirmar que da parte da liderança do PT não houve [pressão para o não comparecimento]".

Perguntado se na próxima reunião haveria votação de requerimentos, Vicentinho disse que "a reunião foi convocada pelo presidente da CPMI [senador Vital do Rêgo] para deliberar administrativamente, e eu espero que assim aconteça".

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São Paulo - O deputado Enio Bacci (PDT-RS) disse hoje (11) que foi “pressionado” a não comparecer à reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras , a fim de que não houvesse quórum para a votação de requerimentos.

Segundo Bacci, a pressão partiu da cúpula de seu partido e de parlamentares ligados ao governo .

A maioria dos parlamentares da base não compareceu aos trabalhos desta terça-feira, e o quórum para apreciação de requerimentos não foi atingido.

“A pressão foi no sentido de que a minha continuidade como membro titular da CPMI poderia estar comprometida caso eu não seguisse essa orientação de não comparecer para que não houvesse o quórum necessário. Essa pressão veio tanto de membros do governo quanto da cúpula do meu partido”, disse o deputado.

Bacci disse ainda que tem o apoio da bancada de seu partido para continuar investigando “doa a quem doer” as denúncias de corrupção na Petrobras.

No entanto, ressaltou que “há uma diferença entre a bancada e a direção partidária”.

O deputado contou que recebeu de sete a oito ligações e até contatos pessoais para que não fosse à reunião, e que alguns desses interlocutores disseram que ele seria obrigado a deixar a CPMI se contrariasse a orientação.

O parlamentar não quis revelar os nomes das pessoas que telefonaram para ele por considerar que isso seria “antiético” e acreditar que elas não o fizeram por vontade espontânea, mas por orientação do governo.

Procurado pela Agência Brasil, o presidente do PDT, Carlos Lupi, disse “que faz algum tempo que não fala com o deputado Enio Bacci”, e acrescentou: “Não tenho conhecimento de nada. Desconheço essa denúncia”.

O líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), também declarou não ter conhecimento da fala do deputado do PDT.

Disse ainda que “não falou com ele” e que não tem informação de que alguém teria procurado Bacci com o objetivo de repassar qualquer orientação.

O líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP), disse não saber da denúncia de Bacci e negou que o PT tivesse feito qualquer tipo de pressão.

"Eu não estou sabendo disso [da denúncia de que houve constrangimento], mas posso afirmar que da parte da liderança do PT não houve [pressão para o não comparecimento]".

Perguntado se na próxima reunião haveria votação de requerimentos, Vicentinho disse que "a reunião foi convocada pelo presidente da CPMI [senador Vital do Rêgo] para deliberar administrativamente, e eu espero que assim aconteça".

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