A votação na comissão deve acontecer após as falas, e, provavelmente, ainda na mesma semana (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2017 às 06h57.
Última atualização em 9 de outubro de 2017 às 07h26.
A denúncia contra o presidente Michel Temer está em sua reta final e a segunda-feira deve ser de mais negociações entre o Planalto e parlamentares, assim como foi toda a semana passada.
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O deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) deve apresentar seu relatório sobre a denúncia nesta terça-feira na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.
Ao contrário do que ocorreu na primeira denúncia, quando Sergio Zveiter, então no PMDB e hoje no Podemos, foi favorável à aceitação do texto, dessa vez o relatório deve ser contrário ao prosseguimento.
Após a leitura, que deve começar às 10h da manhã, os advogados das partes acusadas – além de Temer, também estão na denúncia os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral) – poderão se pronunciar.
Ao final das falas das defesas, a tendência é que os deputados peçam vista no texto pelo período de duas sessões, o que fará com que a avaliação só prossiga a partir da terça-feira, dia 17.
Então, os 66 titulares e os 66 suplentes da CCJ poderão se pronunciar, além de mais 20 parlamentares favoráveis e 20 contrários ao aceite da denúncia.
A votação na comissão deve acontecer após as falas, e, provavelmente, ainda na mesma semana. Não importando o resultado, o texto segue para o plenário.
A manutenção do cronograma, que foi repassado na semana passada pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), é fundamental para que os planos do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) consiga seguir com sua programação de votar a denúncia no plenário até a semana do dia 23.
A tramitação da denúncia trava a pauta da Câmara, que tem como um dos temas mais importantes a aprovação da reforma da Previdência.
Maia já disse que acha que dificilmente ela será aprovada depois de novembro. Assim, para ele e para o governo, quanto antes a denúncia sair do caminho, melhor.