Delcídio implica Lula; Gilmar: laranjal…
Lula “seguro” O presidente do Tribunal Superior Eleitoral e ministro do Supremo, Gilmar Mendes, declarou nesta sexta-feira que o fato de o Ministério Público Federal ter apresentado a peça de denúncia pode ser positivo para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que agora pode fazer uma defesa técnica sobre as acusações. “Havendo uma denúncia, […]
Da Redação
Publicado em 16 de setembro de 2016 às 18h58.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h38.
Lula “seguro”
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral e ministro do Supremo, Gilmar Mendes, declarou nesta sexta-feira que o fato de o Ministério Público Federal ter apresentado a peça de denúncia pode ser positivo para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que agora pode fazer uma defesa técnica sobre as acusações. “Havendo uma denúncia, se defende da denúncia que foi proferida. Esse é o dado positivo”, disse Mendes. O ministro não comentou as críticas feitas aos procuradores da Lava-Jato pela forma como a denúncia foi apresentada.
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“Laranjal” nas eleições
Mendes também disse que os técnicos do Tribunal têm identificado diversos indícios do uso de “laranjas” para a realização de doações eleitorais ao pleito deste ano. O ministro afirmou que era de esperar que aumentasse o número de doações suspeitas após o fim da possibilidade de contribuições empresariais. “Temos mortos fazendo doação em grande quantidade. Em eleições anteriores, víamos mortos votando. Doando é novidade.” Mendes esteve no Rio de Janeiro para confirmar que as Forças Armadas vão permanecer na cidade depois da Paralimpíada até a realização das eleições. Outros três estados enviaram pedidos de reforço de segurança para o pleito deste ano.
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Julgamento de Dilma/Temer fica para 2017
O julgamento do pedido de impugnação da chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer para a Presidência da República nas eleições de 2014 vai ficar para 2017, o que impossibilitará novas eleições diretas para o cargo em caso de condenação. O TSE deve receber documentos inéditos e realizar entrevistas com testemunhas. A chapa teria recebido fundos ilegais para o financiamento de campanha. Se o pedido fosse julgado ainda em 2016 e a dupla fosse condenada, seriam realizadas novas eleições para a Presidência do país.
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Delcídio implica Lula
Em seu último depoimento aos procuradores da Operação Lava-Jato, o ex-senador Delcídio do Amaral disse que o uso da Petrobras como fonte de propinas cresceu após o Mensalão. De acordo com o político, Lula precisou consolidar sua base de apoio no Congresso e, por isso, entregou duas diretorias da estatal para indicados do PMDB e do PP. Delcídio disse que “com certeza” Lula tinha conhecimento total do que estava acontecendo, mas não sabe dizer se Dilma sabia de tudo que se passava. O ex-senador disse que Lula chegou a dizer “ou abraço o PMDB, ou vou morrer”, referindo-se a um possível impeachment na época.
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Candidatos devem defender Lula
O presidente do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, e a diretoria do partido vão orientar os candidatos a prefeito da legenda a defender o ex-presidente Lula. O discurso deve tratar como perseguição “política e judicial” a denúncia contra o ex-presidente. A decisão foi tomada na reunião dos líderes partidários em São Paulo, que acontece desde que a denúncia contra Lula foi apresentada pelo Ministério Público. Falcão também disse que é grande a chance de o ex-presidente ser o candidato do partido nas eleições de 2018, já que ele é “querido e desejado por uma grande parcela da sociedade”.
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Temer veta reajuste da defensoria
O presidente Michel Temer recuou e vetou integralmente o reajuste dos defensores públicos da União. A categoria pedia um acréscimo de 60% ao salário, ao longo de quatro aumentos. Temer havia divulgado nota afirmando que concederia 7%, mas voltou atrás e vetou totalmente a proposta. O texto do veto afirma que, além de ir contra o ajuste fiscal do país, o aumento seria muito superior ao das demais categorias do setor público.
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Sentença rápida
O juiz Sergio Moro demorou apenas 2 minutos para proferir a sentença que condenou o pecuarista Carlos Bumlai a nove anos e dez meses de prisão. As últimas alegações do acusado chegaram à Vara de Moro na quarta-feira à tarde e foram entregues ao juiz às 7h52 de quinta-feira. Às 7h54, o sistema da Justiça Federal já estava atualizado com a condenação.