Exame Logo

Defesa de Temer pede arquivamento de inquérito sobre portos

Para o advogado, a solicitação de arquivamento será "com certeza" encaminhada pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge

Temer: a abertura do inquérito foi autorizada pelo ministro do STF Luís Roberto Barroso em setembro do ano passado (André Coelho/Bloomberg/Bloomberg)
AB

Agência Brasil

Publicado em 19 de janeiro de 2018 às 17h06.

A defesa do presidente Michel Temer enviou hoje (19) ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma manifestação em que pede que o inquérito no qual ele é investigado seja logo enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR), para que o órgão solicite o arquivamento das investigações por falta de provas.

Para o advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, que representa Temer, a solicitação de arquivamento será "com certeza" encaminhada pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, "em face da ausência de qualquer conduta criminosa".

Veja também

Ele apresentou ainda diferentes pareceres de diversos órgãos do governo, entre eles da Secretaria dos Portos e do Ministério dos Transportes, atestando que a empresa Rodrimar não se beneficiou da publicação do decreto 9.048/2017, conhecido como Decreto dos Portos.

A abertura desse inquérito foi autorizada pelo ministro do STF Luís Roberto Barroso em setembro do ano passado, a pedido do então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que a partir de interceptações telefônicas do ex-assessor especial da Presidência Rodrigo Rocha Loures, disse suspeitar do pagamento de vantagens indevidas a Temer pela Rodrimar, empresa que opera concessões no Porto de Santos e seria beneficiada pela publicação do decreto.

"Na verdade, nem sequer um mero indício foi apontado a corroborar essa leviana alegação", argumenta o advogado de Temer na peça encaminhada ao STF. Ele classificou de "falaciosas assertivas" as suspeitas levantadas por Janot.

Na quinta-feira (18), Temer encaminhou ao Supremo as repostas a 51 perguntas referentes ao caso que haviam sido encaminhadas pela Polícia Federal (PF). Entre outras alegações, o presidente afirmou nunca ter autorizado Loures ou qualquer outra pessoa a pedir recursos em nome dele, em retribuição à edição do decreto dos portos.

Acompanhe tudo sobre:Governo TemerMichel TemerPGR - Procuradoria-Geral da RepúblicaPorto de Santos

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame