Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil (Ton Molina/Bloomberg/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 27 de março de 2024 às 17h30.
Última atualização em 27 de março de 2024 às 18h12.
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que irá apresentar os esclarecimentos ao ministro do Supremo Alexandre de Moraes sobre a estadia do antigo mandatário na embaixada da Hungria em fevereiro. Na segunda-feira, o ministro deu dois dias para que os advogados explicassem os motivos da visita.
Advogado do ex-presidente, Fabio Wajngarten afirmou em publicação na rede social X, antigo Twitter, que em razão do recesso no Supremo Tribunal, as explicaçõe serão apresentadas eletronicamente. Apesar disso, Wajngarten reiterou o desejo da defesa em uma reunião presencial com Moraes.
"Em cumprimento ao despacho do ministro Alexandre de Moraes, tendo em vista o recesso da Suprema Corte na data de hoje, a defesa do presidente Jair Bolsonaro protocolará por meio eletrônico a petição sobre os esclarecimentos relativos à ida do presidente à Embaixada da Hungria. A defesa reitera o desejo de despachar pessoalmente com o ministro afim de elucidar por completo toda e qualquer especulação fantasiosa sobre o tema.
A passagem de Bolsonaro pelo local foi revelado pelo jornal The New York Times, que apontou que as imagens sugerem que Bolsonaro foi à embaixada da Hungria em Brasília com o objetivo de pedir asilo político. O ex-presidente foi à sede da representação húngara no Brasil no dia 12 de fevereiro, dias após a Polícia Federal cumprir mandados de busca e apreensão contra alguns de seus aliados. Após a revelação da visita, o O Globo revelou que a PF irá investivar a intenção de Bolsonaro.
Os investigadores querem esclarecer as circunstâncais em que o ex-presidente permaneceu hospedado na embaixada. Alvo de investigações por uma suposta trama golpista e desvio de joias do acervo presidencial e fraude em cartões de vacina, Bolsonaro não poderia ser preso dentro de uma embaixada estrangeira, uma vez que prédios consulares são protegidos por convenções internacionais e não estão ao alcance das autoridades do país.
Após a revelação, o Itamaraty, convocou o embaixador da Hungria no Brasil, Miklós Halmai, que evitou responder a maioria das perguntas, segundo a colunista do O Globo Bela Megale.