Brasil

Agora vai? Decreto inclui Correios no Programa Nacional de Desestatização

Com o decreto, o governo dará continuidade aos estudos necessários à desestatização dos Correios

CORREIOS: estatal ainda deve 2,5 bilhões de reais por prejuízos, mas fechou os últimos dois anos no azul Divulgação (Correios/Divulgação)

CORREIOS: estatal ainda deve 2,5 bilhões de reais por prejuízos, mas fechou os últimos dois anos no azul Divulgação (Correios/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de abril de 2021 às 10h52.

Última atualização em 14 de abril de 2021 às 12h01.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, formalizou a inclusão da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) no Programa Nacional de Desestatização. A decisão já havia sido anunciada em março pelo Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CCPI) e nesta quarta-feira, 14, foi confirmada em decreto publicado no Diário Oficial da União (DOU).

Com o decreto, o governo dará continuidade aos estudos necessários à desestatização dos Correios. O texto também estabelece diretrizes a serem observadas no processo. Uma delas é que a desestatização da empresa será feita por venda do controle acionário da estatal em conjunto com a concessão dos serviços postais universais, como cartas simples ou registrada e serviço de telegrama.

A privatização dos Correios ainda depende da aprovação de um projeto de lei de autoria do Executivo que permite à iniciativa privada prestar serviços que hoje apenas os Correios podem operar. O decreto condiciona a efetiva desestatização da ECT à aprovação desse projeto pelo Congresso.

Como justificativa à decisão de privatizar os Correios, o governo diz que "o desenvolvimento adequado dos serviços postais brasileiros demanda um patamar de investimentos que o setor público não consegue prover" e que "a União deve concentrar os seus esforços nas atividades em que a presença do Estado seja fundamental para a consecução das prioridades nacionais".

O decreto determina ainda que competirá ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) executar e acompanhar o processo de desestatização dos serviços postais.

A previsão, por ora, é de que o leilão ocorra em 2022.

Acompanhe tudo sobre:CorreiosGoverno BolsonaroJair BolsonaroPrivatização

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 17 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP