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Debate e MG voltam a ser foco no horário eleitoral

Os programas dos presidenciáveis no rádio mantiveram o tom de ataques e repetiram trechos do debate realizado na noite de terça-feira

Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) no dia da votação em Porto Alegre e Belo Horizonte (Paulo Whitaker, Washington Alves/Reuters)

Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) no dia da votação em Porto Alegre e Belo Horizonte (Paulo Whitaker, Washington Alves/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2014 às 09h20.

São Paulo - Sem trabalharem propostas ou temas específicos, os programas dos presidenciáveis no rádio mantiveram o tom de ataques e repetiram trechos do debate realizado na noite de terça-feira, 14, na TV Bandeirantes.

A propaganda da candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) continuou criticando a gestão do adversário Aécio Neves (PSDB) em Minas, enquanto o tucano se defendeu das críticas e destacou o resultado da pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira.

"Aécio continua na frente no Datafolha e em Minas está na frente", diz a locutora, citando também a pesquisa do Instituto Veritá no Estado. Segundo o Datafolha, Aécio e Dilma continuam tecnicamente empatados.

O levantamento mostra o tucano com 45% dos votos e a petista com 43%. Já o Instituto Veritá mostrou Aécio com 57% em Minas Gerais e Dilma com 43%.

O programa do PSDB acusou o PT de ter "dificuldade" de conviver com a liberdade e a democracia e criticou a propaganda petista por "nem pedir votos para Dilma". "Doze anos de vida boa e agora vão ter que sair de Brasília", disse um locutor.

A inserção também manteve o foco em Minas Gerais. "Minas nunca faltou ao Brasil nos momentos mais importantes da história. Não vai ser agora, né?", questionou o locutor.

"O Estado estava quebrado, cheio de dívidas. Foi a pior crise que o Estado já passou. O cara já entrou arrumando a casa, cortou o próprio salário pela metade para dar o exemplo. Foi eleito na época o melhor governador do Brasil. Por isso a gente tem tanto respeito por ele por lá", apontou o locutor conhecido como Mineirinho.

O candidato tucano não apareceu na propaganda, a não ser na reapresentação de trechos do debate desta semana, nos quais Aécio defende sua atuação em Minas e critica a gestão econômica do PT.

"Aécio mostrou que é o mais preparado para fazer as mudanças que o Brasil precisa", disse o locutor, acrescentando que a vontade de mudar do brasileiro vai vencer o medo.

"Saí de Minas, candidata, com 92% de aprovação. Terminei meu mandato sem nenhuma denúncia, ao contrário do seu governo, que virou um mar de lama. O mineiro reconhece o que foi feito em Minas Gerais", disse o candidato.

Já o programa petista começou reapresentando trechos do debate, que "ainda repercute", segundo os locutores. "Dilma rebateu os ataques de Aécio e mostrou mais uma vez que tem compromisso com o Brasil e com nosso povo", disse a locutora.

Trechos nos quais Dilma fala de suspeitas de corrupção envolvendo o PSDB foram mostrados e os locutores afirmaram que o adversário "só fica no blá blá blá".

As críticas à gestão tucana em Minas e aos resultados no Estado no primeiro turno da eleição também voltaram. "Os mineiros sabem bem os motivos que levaram Aécio e seu grupo a serem derrotados em Minas", afirmaram os locutores.

"Os doze anos do seu grupo foram marcados por vários retrocessos."

A inserção fala de desvios na saúde em Minas e hospitais que não foram entregues. "Na educação, a situação é parecida. Obras paradas e descaso com professores", disseram.

Segundo os locutores, essas informações foram "pouco divulgadas" porque Aécio é acusado de intimidar e censurar jornalistas - acusações que foram feitas durante toda a semana.

"Graças a Deus os mineiros já se livraram dessa sina. Diferentemente do que Aécio fez no seu Estado, Dilma está transformando o Brasil", frisaram os locutores.

A candidata à reeleição só apareceu no fim da peça. "Não é segredo para ninguém que o Brasil ainda é um País com muitos problemas. Mas quando a gente compara o Brasil de hoje com aquele que Lula e eu encontramos, a diferença é enorme. A vida das pessoas melhorou como nunca. O outro candidato nega tudo isso", afirmou.

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