CUT promete protestos contra privatização de aeroportos
Para a central sindical, governo pode repetir resultados das vendas do setor elétrico
Da Redação
Publicado em 5 de julho de 2011 às 16h15.
São Paulo - Em ação isolada de outras centrais sindicais, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) promete realizar amanhã manifestações em cinco aeroportos do País contra a proposta do governo Dilma Rousseff de privatizações no setor aéreo. No chamado Dia Nacional de Mobilização, a central pretende chamar a atenção dos passageiros contra o modelo de concessão em discussão no governo.
Para a entidade, o setor aéreo corre o risco de repetir os resultados da privatização do setor elétrico, onde houve, segundo os sindicalistas, redução da qualidade dos serviços e aumento de tarifas. "Poderemos ver em um curto espaço de tempo o que ocorreu com o setor elétrico", afirmou o presidente da CUT, Artur Henrique. "Hoje, uma grande quantidade de empresários reclama das tarifas de energia elétrica."
Às 7h de amanhã, os sindicalistas levarão caminhões de som, apitos e panfletos para a entrada dos aeroportos de Guarulhos e Viracopos (SP), Tom Jobim (RJ), Confins (MG) e Juscelino Kubitschek (DF). "Nossas entidades são contra a forma como a proposta está sendo apresentada à sociedade", reforçou o presidente da CUT.
A manifestação deve reunir aeroportuários e representantes dos aeroviários e pode durar toda a manhã, com risco de complicar a viagem dos passageiros. "Pode atrasar alguma entrada, mas nada será feito para prejudicar os passageiros", disse Artur. Na opinião da CUT, o governo federal erra ao abrir mão do controle do setor aéreo, o que poderia comprometer a segurança aeroviária. "Não queremos riscos desnecessários no setor".
Artur acredita que, se as tarifas aeroportuárias subirem, a classe média emergente que hoje utiliza avião terá de voltar para o transporte rodoviário. "Quando houver a privatização, e sem o controle do Estado, nós vamos tirar os pobres dos aeroportos e mandá-los de volta para a rodoviária", disse.
O presidente da CUT criticou a falta de investimentos estruturais e disse que os aeroportos podem virar "shopping centers" para atrair a iniciativa privada. "Vamos melhorar os shoppings dentro dos aeroportos e ter coxinha a R$ 10 ou fazer os investimentos necessários? Não queremos shoppings onde, de vez em quando, pousam aviões", afirmou.
Reivindicações
Além do ato nos aeroportos, haverá mobilizações amanhã em todos os Estados, incluindo assembleias em porta de fábrica, marchas, panfletagens a paralisações. Na pauta de reivindicações estão a implementação do plano nacional de Educação com investimento no setor de 10% do PIB e de 50% dos recursos do pré-sal, redução da jornada de trabalho, fim do fator previdenciário e mudança da estrutura sindical do País.
No Pará, uma manifestação em Belém, em conjunto com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), terá como principais reivindicações o fortalecimento da agricultura familiar, o barateamento da produção de alimentos e a investigação da Polícia Federal dos crimes cometidos no campo. "Estamos vendo o assassinato de líderes camponeses que vêm denunciando o desmatamento e o uso de madeira ilegal. É uma situação que persiste em várias regiões do País", criticou o presidente da CUT.
São Paulo - Em ação isolada de outras centrais sindicais, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) promete realizar amanhã manifestações em cinco aeroportos do País contra a proposta do governo Dilma Rousseff de privatizações no setor aéreo. No chamado Dia Nacional de Mobilização, a central pretende chamar a atenção dos passageiros contra o modelo de concessão em discussão no governo.
Para a entidade, o setor aéreo corre o risco de repetir os resultados da privatização do setor elétrico, onde houve, segundo os sindicalistas, redução da qualidade dos serviços e aumento de tarifas. "Poderemos ver em um curto espaço de tempo o que ocorreu com o setor elétrico", afirmou o presidente da CUT, Artur Henrique. "Hoje, uma grande quantidade de empresários reclama das tarifas de energia elétrica."
Às 7h de amanhã, os sindicalistas levarão caminhões de som, apitos e panfletos para a entrada dos aeroportos de Guarulhos e Viracopos (SP), Tom Jobim (RJ), Confins (MG) e Juscelino Kubitschek (DF). "Nossas entidades são contra a forma como a proposta está sendo apresentada à sociedade", reforçou o presidente da CUT.
A manifestação deve reunir aeroportuários e representantes dos aeroviários e pode durar toda a manhã, com risco de complicar a viagem dos passageiros. "Pode atrasar alguma entrada, mas nada será feito para prejudicar os passageiros", disse Artur. Na opinião da CUT, o governo federal erra ao abrir mão do controle do setor aéreo, o que poderia comprometer a segurança aeroviária. "Não queremos riscos desnecessários no setor".
Artur acredita que, se as tarifas aeroportuárias subirem, a classe média emergente que hoje utiliza avião terá de voltar para o transporte rodoviário. "Quando houver a privatização, e sem o controle do Estado, nós vamos tirar os pobres dos aeroportos e mandá-los de volta para a rodoviária", disse.
O presidente da CUT criticou a falta de investimentos estruturais e disse que os aeroportos podem virar "shopping centers" para atrair a iniciativa privada. "Vamos melhorar os shoppings dentro dos aeroportos e ter coxinha a R$ 10 ou fazer os investimentos necessários? Não queremos shoppings onde, de vez em quando, pousam aviões", afirmou.
Reivindicações
Além do ato nos aeroportos, haverá mobilizações amanhã em todos os Estados, incluindo assembleias em porta de fábrica, marchas, panfletagens a paralisações. Na pauta de reivindicações estão a implementação do plano nacional de Educação com investimento no setor de 10% do PIB e de 50% dos recursos do pré-sal, redução da jornada de trabalho, fim do fator previdenciário e mudança da estrutura sindical do País.
No Pará, uma manifestação em Belém, em conjunto com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), terá como principais reivindicações o fortalecimento da agricultura familiar, o barateamento da produção de alimentos e a investigação da Polícia Federal dos crimes cometidos no campo. "Estamos vendo o assassinato de líderes camponeses que vêm denunciando o desmatamento e o uso de madeira ilegal. É uma situação que persiste em várias regiões do País", criticou o presidente da CUT.