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ÀS SETE - O ex-presidente Lula abriu a possibilidade para que a presidente nacional do PT tome as decisões sobre as eleições de outubro

Lula: “2018 será muito importante para o PT, para a esquerda e para a democracia”, escreveu Lula (Patricia Monteiro/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2018 às 07h15.

Última atualização em 24 de abril de 2018 às 07h24.

Lula ao PT: fiquem livres

Em carta enviada de dentro da carceragem da Polícia Federal, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirma que “ficou feliz com a pesquisa” [provavelmente se referindo ao Datafolha, que indica que ele, mesmo preso, permanece na liderança das intenções de voto]. Lula abriu a possibilidade para que a presidente nacional do PT, a senadora Gleisi Hoffmann (PR), “fique totalmente à vontade” para tomar as decisões sobre as eleições de outubro. “2018 será muito importante para o PT, para a esquerda e para a democracia”, escreveu Lula. A íntegra da carta não foi revelada, mas parte do trecho da leitura da mensagem a militantes do partido foi transmitida na página do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT) no Facebook.

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Julgamento virtual para Lula

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin liberou nesta segunda 23 para julgamento virtual na Segunda Turma da Corte o novo recurso no qual a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende derrubar a decisão do juiz federal Sérgio Moro, que determinou a execução provisória da pena de 12 anos de prisão na ação penal do tríplex do Guarujá (SP). Com a decisão, o caso será julgado pelo site do STF e será aberto um prazo para que os ministros entrem no sistema e possam proferir seus votos. Encerrado o prazo, o resultado do julgamento será publicado. Dessa forma, não haverá reunião presencial para julgar o caso. Em geral, o julgamento virtual é usado para decisões que não têm grande repercussão e que possuem jurisprudência pacífica.

Paulo Bauer delatado

O ex-diretor de Relações Institucionais da Hypermarcas, atual Hypera Pharma, incluiu em seu acordo de delação premiada o nome do atual senador Paulo Bauer (PSDB-SC). Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, Mello incluiu no acordo repasses de 11,5 milhões de reais para a campanha de Bauer ao governo de Santa Catarina, em 2014. Os repasses teriam sido feitos por meio de contratos fictícios com três empresas. A delação deu origem a um inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) sob relatoria do ministro Edson Fachin. O senador Paulo Bauer, por meio de sua assessoria, disse ao jornal que todos os recursos utilizados na campanha de 2014 “foram rigorosamente contabilizados, tendo sido as contas aprovadas pela Justiça Eleitoral”.

Kroton compra Somos Educação

A empresa de educação superior Kroton assinou contrato para aquisição da Somos Educação por um valor de 4,5 bilhões de reais nesta segunda-feira. O contrato foi assinado pela Kroton com os fundos geridos pela Tarpon, que atualmente é a controladora da Somos, com 73% do capital social da empresa. A aquisição consolida a atuação da Kroton também na educação básica. A compra da Somos pela Kroton ocorre após o veto do Cade a uma transação anterior de aquisição da Estácio, também de educação superior. Após o fechamento da operação, a empresa atuará com mais de 85.000 professores nas escolas próprias e parceiras, mais de 1,7 milhão de professores nas escolas públicas, 1,2 milhão de alunos nos sistemas de ensino e 33 milhões de estudantes usuários de seus livros didáticos.

CEO da BRF renuncia

A fabricante de alimentos BRF informou que José Aurélio Drummond Jr. apresentou nesta segunda-feira carta de renúncia ao cargo de diretor presidente global e de membro do conselho de administração da companhia. De acordo com o fato relevante, o diretor financeiro e de relações com investidores, Lorival Nogueira Luz Jr., foi designado pelo conselho de administração da BRF para assumir o cargo interinamente, acumulando com suas funções atuais.

Enel muda oferta

A elétrica italiana Enel modificou nesta segunda-feira sua oferta pública para aquisição da totalidade das ações da Eletropaulo, com “a inclusão de compromisso incondicional de aporte de recursos adicional” na companhia de pelo menos 1,5 bilhão de reais, segundo documentos divulgados ao mercado pela distribuidora paulista. A Enel disse que o aporte aconteceria “nos mesmos termos e condições da oferta follow-on” divulgada pela Eletropaulo em fato relevante em 16 de abril, caso nenhuma das ofertas públicas pela empresa seja bem-sucedida. Anteriormente, a proposta era pagar até 4,7 bilhões de reais pela compra da empresa e fazer capitalização de 1 bilhão de reais.

Leilão da Eletropaulo marcado

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) determinou que companhias interessadas na aquisição da distribuidora de energia paulista Eletropaulo agendem conjuntamente para 18 de maio o leilão de suas ofertas públicas de aquisição de ações (OPAs) da elétrica, segundo informação da assessoria de imprensa do órgão regulador do mercado. A Neoenergia, controlada pela espanhola Iberdrola, a italiana Enel e a brasileira Energisa já apresentaram oferta para comprar até a totalidade das ações da Eletropaulo em circulação. O maior lance, até o momento, é da Neoenergia, que ofereceu na sexta-feira pagar 29,40 reais por papel da companhia. A determinação do horário do leilão das OPAs e de suas regras ficou a cargo da B3, operadora da Bolsa de Valores Brasileira. As ações da Eletropaulo subiram 6,32% nesta segunda.

Reajuste na projeção

O Banco Central divulgou, nesta segunda-feira, a pesquisa Focus em que mostra um reajuste na projeção para a inflação deste ano. Após 11 semanas de queda, o IPCA foi calculado com uma alta de 3,49%, 0,01 ponto percentual a mais do que na semana anterior. O nível baixo de inflação mantém aberto o caminho para o BC realizar novo corte da Selic em maio como vem indicando, antes de encerrar o ciclo de flexibilização. Com a taxa básica de juro em 6,5% agora, os especialistas consultados no levantamento continuam vendo corte de 0,25 ponto percentual em maio, com a Selic terminando 2018 em 6,25% e 2019 em 8%. Em relação ao produto interno bruto (PIB), a mediana das projeções aponta para uma expansão de 2,75% neste ano, ante os 2,76% calculados antes, chegando a 3,0% em 2019.

Buffett deixa Kraft Heinz

O investidor e filantropo Warren Buffett deixou seu cargo no conselho da companhia Kraft Heinz, nesta segunda-feira. Buffett tinha anunciado sua saída em fevereiro, motivada pela vontade de “viajar menos”. A saída ocorre em um momento de incerteza do grupo de alimentos: nos últimos 12 meses, as ações da empresa tiveram uma queda de mais de 30%. A companhia de investimentos de Buffett, Berkshire Hathaway, detém 27% da Kraft, e sua saída levantou questões sobre sua relação com a outra grande investidora da Kraft, a 3G Capital, unidas desde 2013 para a aquisição da Heinz, cujo capital foi reaberto em 2015. Em entrevista ao jornal americano Financial Times, Buffett afirmou que sua saída do conselho não afeta o relacionamento entre a Berkshire e o 3G, e que ele não participa de conselhos de empresas de capital aberto — exceto a própria Berkshire — , e que “não pretende participar de nenhuma no futuro”.

Nicarágua: caos contra reforma da previdência

O governo da Nicarágua cancelou a proposta de reforma da Previdência, que tem causado uma série de manifestações no país. No domingo, o presidente Daniel Ortega anunciou que o plano foi cancelado e “deixado de lado”. Ao menos 25 pessoas morreram e centenas ficaram feridas desde que as manifestações — contra o plano de aumentar as contribuições dos trabalhadores ao sistema previdenciário — começaram, na quarta-feira. Além das mortes, as manifestações desencadearam saques e corridas às compras. A repressão policial aos manifestantes e as restrições à imprensa vistas nos últimos dias incitaram ainda mais críticas a Ortega, que intensificou seu controle sobre as instituições desde que voltou ao poder pela segunda vez 11 anos atrás. O governo do país tem argumentado que as mudanças previdenciárias são necessárias para reforçar as finanças da nação, e Ortega disse que haverá conversas para elaborar um novo plano para fortalecer o sistema de segurança social.

Mediador na Itália

O presidente da Itália, Sergio Mattarella, nomeou, nesta segunda-feira, um mediador para negociar um governo de coalizão no país. Mattarella pediu ao presidente da Câmara Baixa do Parlamento para sondar a possibilidade de o Movimento 5 Estrelas formar um governo com o Partido Democrático (PD), de centro-esquerda. O chefe de Estado manteve conversas com o presidente da Câmara Baixa, Roberto Fico, e deu a ele prazo até quinta-feira para relatar suas conclusões. A líder do Senado, Elisabetta Casellati, fracassou na semana passada em fechar um acordo entre o 5 Estrelas e uma aliança de partidos de centro-direita. Desde as eleições parlamentares, que ocorreram no dia 4 de março, o país não conseguiu formar um governo.

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