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Da Redação
Publicado em 7 de novembro de 2017 às 07h21.
Última atualização em 7 de novembro de 2017 às 07h21.
Petróleo dispara
Uma série de prisões na Arábia Saudita, o maior produtor de petróleo do Oriente Médio, movimentou o mercado de petróleo nesta segunda-feira. O jovem príncipe herdeiro Mohammed bin Salman ordenou, na madrugada deste domingo, a prisão de ministros e ex-ministros do governo, além de onze príncipes, em uma histórica ação contra a corrupção no país. A atitude fez o preço do barril atingir seu maior valor desde julho de 2015. O brent cru (petróleo extraído do Oriente Médio) fechou com o valor de 64 dólares nesta segunda-feira, com alta de 3,5%. No Brasil, as ações da Petrobras subiram 2,7%. O petróleo acumula alta de 36,55% nos últimos 12 meses.
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Rabello: um fundo para privatizar
O presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, propôs o uso de recursos das reservas internacionais brasileiras para criar um fundo para participar das privatizações de estatais. A proposta foi defendida durante o EXAME Fórum Rio de Janeiro, realizado nesta segunda-feira. Rabello afirma que o fundo poderia atuar numa primeira etapa de privatizações, comprando fatias nas empresas para ajudar na preparação de suas gestões para posterior venda a um sócio privado. “Em muitos países, o processo de privatização antecipada já ocorre e melhora o valor do ativo para quem vende”, disse.
BNDES milagreiro
Sobre o BNDES, Paulo Rabello disse que os desembolsos do maior banco de fomento do país devem fechar o ano em 77 bilhões de reais, o que representaria uma queda de 12,5% em relação a 2016. Quando foi questionado sobre uma possível restrição à liberação de recursos com a devolução de 130 bilhões de reais ao Tesouro em 2018, o executivo respondeu que “o BNDES é especializado em milagres”.
Selic a 6,5%?
Os economistas que mais acertam as previsões, que integram o Top 5 do Boletim Focus, agora preveem que a taxa de juro do país cairá para 6,5% em 2018. A diferença é de meio ponto percentual a menos do que o estimado pelo total de especialistas entrevistados pelo Focus, de 7%, tanto para este ano quanto para o próximo. Atualmente, a taxa está em 7,5% e a previsão é de um corte de 0,5% na última reunião de 2017, em dezembro.
Cunha: meu silêncio foi comprado
O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) prestou depoimento à Justiça Federal em Brasília nesta segunda-feira e negou acusações feitas por Joesley Batista e Lúcio Funaro de que seu silêncio tenha sido comprado para que não fizesse delação premiada implicando políticos do PMDB, inclusive o presidente Michel Temer. Cunha chamou o caso de “prova forjada”. “Queriam atribuir isso para justificar uma denúncia que pegasse o mandato do senhor Michel Temer”, afirmou. “Ele [Joesley] construiu a retórica de que o senhor Michel Temer era complacente com a compra do silêncio para eu não delatar”. O peemedebista se defende de ação em que é réu por suposto envolvimento em esquema de corrupção na Caixa Econômica Federal ao lado de Funaro, do ex-vice-presidente da Caixa Fábio Cleto e o ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
Privatização da Eletrobras
O presidente Michel Temer decidiu nesta segunda-feira enviar um projeto de lei ao Congresso para encaminhar a privatização da Eletrobras. Integrantes do Ministério de Minas e Energia defendiam que pontos do processo sejam discutidos via medida provisória, pela maior velocidade de tramitação. O dinheiro, além de aliviar as contas públicas, será usado para cobrir encargos setoriais para reduzir as contas de luz em 2019 e para um programa de revitalização do Rio São Francisco. O restante formará caixa para o Tesouro Nacional. A equipe econômica conta com ao menos 12,2 bilhões de reais com a venda. A União e fundos ligados ao governo detém 63% da estatal. A participação deve cair a menos de 40%. O assunto precisa passar pelo Congresso porque a lei que criou a Eletrobras proíbe que a União perca o controle da estatal.
Maior aquisição de tecnologia da história?
A Broadcom lançou uma oferta para comprar a rival Qualcomm nesta segunda-feira, causando grande alvoroço em Wall Street. A Broadcom é uma empresa de semicondutores e eletrônicos dos Estados Unidos e ofereceu 130 bilhões de dólares em dinheiro e ações (ou 70 dólares por ação) à fornecedora de chips de celulares Qualcomm. Os responsáveis pelas negociações podem levar até 280 milhões de dólares. Bancos como JP Morgan, America Merril Lynch e Citi participam das negociações. Com a publicação da oferta, as ações da Qualcomm tiveram alta de 5,7%. Se for aceita, a compra será a maior já realizada no setor de tecnologia de todos os tempos.
Autor de atentado tinha histórico agressivo
O atentado no Texas que deixou 26 mortos teve novas revelações nesta segunda-feira. Em conferência, o porta-voz do departamento de Saúde Pública do Texas afirmou que o morador da região Stepehen Willeford escutou tiros perto de sua casa, pegou seu rifle e perseguiu Kelley até alcança-lo e feri-lo. Martin ainda disse que Kelley conseguiu pegar um carro e fugir do local. Durante a fuga, ele telefonou para seu pai e contou que não conseguiria sobreviver. Kelley teria se suicidado antes de ser encontrado pela polícia local. Agora, a polícia texana tenta entender o motivo do ataque a uma igreja que deixou pelo menos 26 mortos no domingo. Documentos militares apontam que Devin Patrick Kelley foi preso em 2014 depois de agredir sua esposa e sua filha. Além disso, Kelley já foi acusado de ameaçar a ex-namorada e agredir animais, e por isso foi considerado um barril de pólvora pelo governo do Texas. Em seu Facebook, ele costumava publicar comentários sobre ateísmo e armas. Durante encontro com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, o presidente americano, Donald Trump, afirmou que o acidente foi claramente motivado por um problema mental, e não pela situação de armas no país.