Bye bye Previdência? Bye bye tucanos?
ÀS SETE - Nessa segunda-feira, Temer admitiu, pela primeira vez, a possibilidade de o governo não conseguir sequer votar a reforma até o fim do mandato
Resignado, ainda apelou, em reunião com ministros e deputados de 11 partidos aliados, que os congressistas tentem votar ao menos uma parte do texto (Beto Barata/PR/Divulgação/Divulgação)
7 de novembro de 2017, 07h21
O plano do presidente Michel Temer era, a partir desta terça-feira, retomar a pauta de reformas de seu governo, com foco total na Previdência. Acontece que as últimas 24 horas foram pra lá de desfavoráveis ao Planalto, abrindo uma nova leva de especulações sobre o que, de fato, sobrou do governo a mais de um ano de seu final.
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O próprio presidente Michel Temer admitiu, ontem, pela primeira vez, a possibilidade de o governo não conseguir sequer votar a reforma da Previdência até o fim do mandato. Resignado, ainda apelou, em reunião com ministros e deputados de 11 partidos aliados, que os congressistas tentem votar ao menos uma parte do texto.
Mas a base aliada do governo pode se esfacelar de vez já nesta terça-feira, com ministros tucanos, como Bruno Araújo, das Cidades, afirmando que esperam definição uma definição da executiva de seu partido para decidir se permanece no governo.
Um desembarque tucano voltou a ganhar força após um artigo publicado no domingo pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. FHC disse que o PSDB pode apresentar “algum nome competitivo” para a eleição de 2018, “mas precisa passar a limpo o passado recente”, e recomendou o desembarque do governo Temer. O governador Geraldo Alckmin também se manifestou favoravelmente à saída dos tucanos do poder Executivo.
Nesta terça-feira, outro episódio deve fortalecer o discurso tucano pelo desembarque. O senador Tasso Jereissati (CE) deve lançar hoje sua candidatura à presidência do PSDB. Interino desde que o também senador Aécio Neves (MG) foi afastado do cargo dentro do partido depois de ser envolvido na delação dos executivos do Grupo J&F, Jereissati representa a ala do partido que faz oposição ao governo Temer e defende o desembarque imediato dos tucanos.
Tasso deve concorrer contra o governador de Goiás, Marcoli Perillo, que representa a ala que, se não está satisfeita, ao menos não tem pressa para abandonar Temer. Defende deixar isso para o início do ano que vem, quando praticamente todos os partidos farão o mesmo para se distanciar de um presidente que tem o pior índice de aprovação da história do país.
A convenção que vai eleger o novo comandante do PSDB acontecerá no dia nove de dezembro.
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