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Cúpula do PSDB diz que ala de Aécio está isolada e Doria terá protagonismo

Após anunciar nesta segunda-feira, 23, que desistiu da pré-candidatura, o ex-governador João Doria (PSDB) terá um peso decisivo no debate interno

João Doria: ex-governador desistiu de concorrer à Presidência. (Governo de SP/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de maio de 2022 às 15h28.

Última atualização em 24 de maio de 2022 às 15h29.

A cúpula do PSDB adiou para o próximo dia 2 de junho a reunião decisiva da executiva que deve sacramentar o apoio da sigla à pré-candidatura presidencial da senadora Simone Tebet (MDB), mas a avaliação no partido é que o grupo contrário à aliança está isolado.

Após anunciar nesta segunda-feira, 23, que desistiu da pré-candidatura, o ex-governador João Doria (PSDB) terá um peso decisivo no debate interno. "O gesto de Doria deu a ele maior autoridade política e moral e sua opinião neste momento passa a ter maior poder dentro do PSDB", disse ao Estadão o presidente nacional do partido, Bruno Araújo.

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A tese de que o PSDB deve ter candidatura própria com outro nome na disputa - o ex-governador Eduardo Leite (RS) ou o senador Tasso Jereissati (CE) - é defendida pelo deputado Aécio Neves (MG) e seus aliados, como o deputado Paulo Abi-Ackel (MG) e o ex-senador José Aníbal.

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Mas, de acordo com Araújo, esse tema já foi debatido pela executiva tucana, que deliberou em duas oportunidades pela proposta de seguir na aliança com o MDB. Isso não impede, porém, que seja novamente colocada em pauta no próximo encontro.

O PSDB optou por adiar a reunião da executiva para aguardar um posicionamento mais contundente do MDB de que Simone Tebet terá a legenda para disputar o Palácio do Planalto. A cúpula emedebista se reúne na tarde desta terça-feira, 24, para tratar do tema.

Financiamento

Em outra frente, os deputados Beto Pereira e Adolfo Viana e o senador Izalci Lucas vão iniciar os debates com o MDB sobre plano de governo e palanques regionais. O PSDB colocou como prioridade que o MDB apoie o nome tucano na disputa pelo governo do Rio Grande do Sul e espera palanque do partido também em Pernambuco e Mato Grosso do Sul.

Na quesito finanças, os tucanos admitem apoiar financeiramente a candidatura de Simone Tebet, caso indiquem o vice na chapa, mas consideram que a responsabilidade de financiar a campanha é do MDB.

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