Exame Logo

Crivella critica polícia e defende blindar escolas

Prefeito criticou a ação da Polícia Militar, que provocou um tiroteio perto da escola onde a menina estudava

Crivella: "nós todos juntos precisamos ter um plano para a segurança do Rio de Janeiro" (Fernando Frazão/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de abril de 2017 às 17h08.

O prefeito do Rio de Janeiro , Marcelo Crivella (PRB), esteve neste sábado no cemitério Jardim da Saudade, em Mesquita (Região Metropolitana do Rio), onde foi enterrada a adolescente Maria Eduarda Alves da Conceição, de 13 anos, morta por uma bala perdida enquanto estudava na Escola Municipal Daniel Piza, em Acari (zona norte do Rio), na última quinta-feira (30). Crivella chegou ao final da cerimônia e conversou com a família da adolescente, após o sepultamento.

Ele criticou a ação da polícia, defendeu a blindagem das escolas e anunciou uma reunião para lançar um gabinete institucional de segurança na próxima quarta-feira (05).

Veja também

"Essa reunião já estava marcada, e vão participar o secretário de Segurança, a Polícia Militar, a Guarda Municipal, também pedi a presença do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, da Força Nacional de Segurança, da Polícia Rodoviária Federal, e nós todos juntos precisamos ter um plano para a segurança do Rio de Janeiro. Embora a competência (sobre segurança pública) seja do Estado, a prefeitura também pode colaborar", afirmou.

Crivella criticou a ação da Polícia Militar, que provocou um tiroteio perto da escola onde Maria Eduarda estava. "É preciso conversar com a tropa, não é possível haver disparos próximos de escola, não é possível que isso ocorra de novo. Quando há inocentes perto de operações, não se pode haver tiroteio com fuzis, é um risco muito grande".

O prefeito também defendeu a blindagem das escolas situadas em lugares conflagrados. "Em 2007 eu já falava que era necessário, nas áreas onde existe tráfico, uma alvenaria que não permita passar os projéteis. Tiro de fuzil é uma tragédia. Se pudesse, já teria feito (a blindagem) desde 2007. As paredes das escolas precisam ter essa argamassa, que não é uma coisa cara, são três ou quatro centímetros", afirmou.

Crivella disse ainda que a família da adolescente terá apoio de psicólogos da prefeitura. "Nesse momento o mais importante é a solidariedade, o apoio psicológico. A mãe deve estar com o coração estraçalhado".

Acompanhe tudo sobre:MortesPolícia MilitarRio de Janeiro

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame