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Criminosos cercam polícia e explodem dois bancos em Araçariguama

Os ataques aconteceram por volta das 4h30 e duraram pouco mais de 20 minutos

Armas: os criminosos estavam armados com fuzis de mira a laser (George Frey/Bloomberg)

Armas: os criminosos estavam armados com fuzis de mira a laser (George Frey/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de janeiro de 2017 às 15h30.

Sorocaba -- Um grupo com ao menos 20 homens armados com fuzis encurralou a polícia, explodiu duas agências bancárias e levou terror aos moradores de Araçariguama, no interior de São Paulo, na madrugada desta quarta-feira, 25. Os ataques aconteceram por volta das 4h30 e duraram pouco mais de 20 minutos.

Os bandidos chegaram em quatro ou cinco carros, cercaram as ruas e, enquanto uma parte disparava contra as bases da Polícia Militar e da Guarda Municipal, os outros atacavam as agências, no centro da cidade. Apanhado no meio dos tiros, um casal de professores bateu o carro - a mulher ficou gravemente ferida.

Os criminosos usaram dinamites para explodir, primeiro, a parede da agência do Banco do Brasil. Uma segunda explosão estourou o cofre. A operação foi repetida, em sequência, na agência do Bradesco. De acordo com a Polícia Civil, praticamente todo o dinheiro dos cofres das duas agências foi levado pelos criminosos.

Durante a ação, outro grupo se entrincheirou atrás de um muro e passaram a disparar contra as bases da PM e da GM, que ficam na mesma área.

Uma viatura da Polícia Militar que estava em frente à unidade ficou crivada de balas. O comandante da GM, Paulo Simon, disse que os dois guardas que estavam no local nada puderam fazer.

"Os criminosos estavam armados com fuzis de mira a laser e acenavam para os guardas para não saírem da base", declarou Simon.

Na fuga, os bandidos se dividiram. Uma parte seguiu em direção à Rodovia Castelo Branco, e outra tomou a estrada rumo a Pirapora do Bom Jesus. Até o início da tarde, ninguém tinha sido preso. A Polícia Civil ainda aguardava a conclusão da perícia para estimar o montante roubado dos bancos. As duas agências estavam interditadas.

Moradores gravaram o barulho das explosões e de ao menos duas rajadas com dez tiros cada. Uma moradora vizinha de uma das agência, que não quis se identificar, contou que, na hora dos tiros, pediu aos dois filhos pequenos que se abrigassem sob a cama.

A professora que se feriu no acidente com o carro foi levada ao Pronto Socorro Municipal e continuava em observação no início da tarde.

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