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Síndromes respiratórias graves em jovens e crianças cresce no país, diz FioCruz

Sindromes Respiratórias Agudas Graves tiveram taxa maior de crescimento na faixa de 5 a 11 anos

O estudo se refere à Semana Epidemiológica (SE) 34, período de 21 a 27 de agosto (Getty Images/Getty Images)

O estudo se refere à Semana Epidemiológica (SE) 34, período de 21 a 27 de agosto (Getty Images/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 2 de setembro de 2022 às 14h43.

Última atualização em 2 de setembro de 2022 às 14h55.

O novo Boletim InfoGripe, divulgado hoje, 2, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), aponta para o aumento recente no número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em  crianças e adolescentes de zero a 17 anos, com taxa de crescimento maior na faixa de 5 a 11 anos, em diversos estados, nas primeiras semanas de agosto.

O estudo se refere à Semana Epidemiológica (SE) 34, período de 21 a 27 de agosto, e tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 29.

O coordenador do InfoGripe, pesquisador Marcelo Gomes, afirmou que dados laboratoriais ainda não permitem identificar com clareza o vírus associado a esse aumento. Informou que em alguns estados das regiões Sul e Centro-Oeste, há indícios de predomínio de rinovírus no público de cinco a 11 anos para as semanas recentes, mas os dados ainda são preliminares.

Gomes esclareceu que “por se tratar de crescimento restrito ao público infantil e temporalmente associado ao retorno às aulas após as férias escolares, o cenário atual reforça a importância de cuidados mínimos como boa ventilação das salas de aula e respeito ao isolamento das crianças com sintomas de infecção respiratória para tratamento adequado e preservação da saúde da família escolar”.

Já na população em geral, o cenário mostra queda na tendência de longo prazo, ou seja, nas últimas seis semanas, e estabilidade na tendência de curto prazo (últimas três semanas). A curva nacional continua em processo de estabilização para patamar similar ao mantido em abril de 2022, o mais baixo desde o início da epidemia da covid-19 no país.

Sars-CoV-2

O boletim revela, ainda, que os dados referentes aos resultados laboratoriais por faixa etária permanecem apontando para predomínio do vírus Sars-CoV-2, especialmente na população adulta. Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 2,6% para influenza A; 0,3% para influenza B; 5% para Vírus Sincicial Respiratório (VSR); e 71,8% para Sars-CoV-2 (Covid-19).

Entre os óbitos, a presença destes vírus entre os positivos foi de 1% para influenza A; 0,7% para influenza B; 0,3% para VSR; e 95,7% Sars-CoV-2 (Covid-19).

Estados

A análise por estados indica que apenas Acre, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Roraima e São Paulo apresentam crescimento na tendência de longo prazo até a Semana Epidemiológica 34. Em todas as unidades, o aumento recente apurado está concentrado no grupo de zero a 17 anos de idade, não sendo registrado entre os adultos.

Entre as capitais, apresentam evolução na tendência de longo prazo até a Semana Epidemiológica 34: Boa Vista (RR), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Palmas (TO), São Luís (MA), São Paulo (SP) e Vitória (ES).

O boletim informa, entretanto, que na maioria dessas cidades, isso é compatível com o cenário de oscilação. Nas demais capitais, a sinalização é de queda ou estabilidade na tendência de longo prazo, e de estabilidade nas três semanas recentes.

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