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Quem são os "coxinhas" que ficaram na porta do Congresso

Os integrantes do grupo que protesta diante do Congresso se definiram como reacionários, "coxinhas", indignados e apartidários


	Manifestantes tentam entrar na Câmara: o grupo chegou a ter cerca de 50 pessoas e incluía pessoas de diversas faixas etárias
 (Laycer Tomaz/ Câmara dos Deputados)

Manifestantes tentam entrar na Câmara: o grupo chegou a ter cerca de 50 pessoas e incluía pessoas de diversas faixas etárias (Laycer Tomaz/ Câmara dos Deputados)

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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2014 às 06h19.

Brasília - Reacionários, "coxinhas", indignados e apartidários. Assim se descreveram, nesta quarta-feira, 03, os integrantes do grupo que protestava diante do Congresso contra o governo Dilma Rousseff e contra a aprovação do projeto que flexibiliza a meta de superávit.

Enquanto uma mulher vestida de vermelho se indignou ao entender que havia sido chamada de petista, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) foi tratado como líder.

O grupo chegou a ter cerca de 50 pessoas e incluía pessoas de diversas faixas etárias. A mais velha era a aposentada Ruth Gomes de Sá, 79, que levou uma gravata de um policial do Senado durante o protesto na galeria na Câmara na noite de terça-feira.

Ontem pela manhã, Ruth chegou ao Congresso com uma bandeira do Brasil enrolada na cintura e com uma cópia da queixa que prestou contra seus agressores.

"Não vou desistir nunca", disse a aposentada, que afirmou não ser filiada, mas frequentadora ativa de "todos" os eventos do PSDB.

Outro manifestante era o administrador Marcello Reis, organizador do grupo Revoltados On Line, que organiza suas ações via internet e conta com quase 300 mil seguidores no Facebook.

Reis foi um dos únicos manifestantes a ter acesso ao interior do Congresso ontem. Ele passou o dia tentando, na Justiça, autorização para que os demais ativistas entrassem.

O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) afirmou que o Revoltados On Line é um grupo de extrema-direita, que está começando a levar suas ações do ambiente da internet para as ruas.

O petista disse ainda que o grupo tem treinamento militar e defende a suspensão dos trabalhos do Congresso Nacional.

"Nunca participei de grupo paramilitar. Isso é mentira. Disseram também que somos contra os gays. Isso também é mentira", afirmou Reis, que negou ter filiação partidária e disse ser contra a ditadura militar.

Reis passou boa parte do dia acompanhado do cantor Lobão, que chegou ontem a Brasília para participar da manifestação.

No gabinete da liderança do DEM na Câmara dos Deputados, o músico afirmou que passaria a noite em Brasília. Questionado se faria vigília, respondeu em tom jocoso. "Vou para um hotel. Sou coxinha", afirmou.

'Reacionário de Twitter'

O publicitário Renato Malta, 32, disse "se identificar muito" com as causas defendidas pelos manifestantes e se qualificou como um "reacionário de Twitter" que "troca uma ideia com o Lobão".

"Ajudo a divulgar tudo o que é mentira divulgado pelo governo", afirmou o publicitário. A seu lado estava o professor Paulo Castelo, 36, que disse ter ido protestar para que o governo do Distrito Federal convoque professores que fizeram concurso em 2013. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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