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Corpos de jogadores da Chapecoense deixam a Colômbia

Antes do embarque, os corpos percorreram ruas da cidade em cortejo fúnebre, acompanhado por demonstrações de carinho e homenagens do povo local

Cortejo: As três aeronaves Hércules da Força Aérea Brasileira (FAB) foram até a Colômbia para levar os corpos até Chapecó (Jaime Saldarriaga/Reuters)

Cortejo: As três aeronaves Hércules da Força Aérea Brasileira (FAB) foram até a Colômbia para levar os corpos até Chapecó (Jaime Saldarriaga/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de dezembro de 2016 às 19h31.

Medellín - Sob forte emoção e aplausos dos colombianos, os corpos dos jogadores da Chapecoense embarcaram rumo ao Brasil por volta das 16 horas (19h no horário de Brasília), em Medellín, na Colômbia.

Antes do embarque, os corpos percorreram ruas da cidade em cortejo fúnebre, acompanhado por demonstrações de carinho e homenagens do povo local.

As três aeronaves Hércules da Força Aérea Brasileira (FAB) foram até a Colômbia para levar os corpos até Chapecó, onde neste sábado será realizado o velório.

A última viagem das vítimas do voo da companhia aérea colombiana LaMia começou por volta das 12h40 de Medellín, onde saíram da funerária em cortejo à base militar do aeroporto, cerca de 35km distante.

Nas duas horas de deslocamento, mais carinho e comoção.

Os colombianos saíram às passarelas e ruas para aplaudir. Alguns carregavam bandeiras ou camisas do Nacional de Medellín, time que enfrentaria a Chapecoense na final da Copa Sul-Americana, na quarta-feira.

Outras pessoas levaram nas mãos lenços brancos. Nas casas, bandeiras do Brasil e muita gente no portão acompanhou atentamente o cortejo, que fez a prefeitura fechar as ruas para o trânsito.

Na chegada à base área, militares brasileiros e colombianos se uniram para a cerimônia. Um corredor de militares demarcou o caminho dos caixões até a parte interna dos aviões.

No trajeto, o aeroporto ficou silencioso. Apenas os acordes tristes da corneta demarcavam o lento avanço dos corpos. A bandeira da Chapecoense adornava o caixão.

O escudo do clube, aliás, estava bordado no uniforme de alguns militares.

Antes de entrar no avião, a bênção de um padre local, com direito a referência à padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida.

Jornalistas de vários países estiveram na pista do aeroporto para registrar as últimas e tristes imagens da equipe catarinense, que fez história a ser a primeira do seu Estado a chegar a uma final de competição internacional.

Os aviões saíram de Medellín e seguiram por um voo de quatro horas de duração para Manaus. No Amazonas, uma parada técnica de 1h30 para reabastecimento vai anteceder o trecho final.

Serão mais 6h30 para Chapecó, onde no funeral, neste sábado, as vítimas voltam a ter uma despedida com emoção e mais aplausos.

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