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Corpo de delegado morto a tiros é velado no Rio

O delegado teria sido executado ao reagir a um assalto. Um suspeito de envolvimento no crime já foi identificado

Polícia Civil do Rio de Janeiro (Clarice Castro/ GERJ/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de janeiro de 2018 às 14h06.

Rio - O corpo do delegado da Polícia Civil Fábio Henrique Monteiro, assassinado a tiros na sexta-feira, 12, aos 38 anos, está sendo velado na Academia de Polícia Silvio Terra (Acadepol), no centro do Rio , neste sábado, 13. Ele será sepultado no mausoléu da instituição, no Caju, no início da tarde.

O delegado teria sido executado ao reagir a um assalto. Um suspeito de envolvimento no crime já foi identificado. A família pediu que a imprensa não acompanhasse o velório.

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Lotado na Central de Garantias Norte (CG), unidade que otimiza os flagrantes policiais, professor de direito da Acadepol, ex-agente da Polícia Federal e pai de dois filhos, Monteiro foi encontrado com várias marcas de tiros no porta-malas de seu carro na Praça Dario Rogério, perto do viaduto de Benfica e das favelas do Arará e do Jacarezinho, na zona norte, na tarde de sexta.

O local dista menos de dois quilômetros da Cidade da Polícia, complexo de unidades da Polícia Civil onde fica a CG. Monteiro saiu para almoçar e não foi mais visto pelos colegas. Ele teria sido abordado por assaltantes perto do Jacarezinho e reagido com sua arma, sendo posteriormente executado dentro da favela.

Quem chamou a Polícia Militar foram pedestres que testemunharam quatro homens deixando o carro e correndo em direção ao Jacarezinho. Os PMs então encontraram o corpo no porta-malas. O crime desencadeou rapidamente operações no Arará e no Jacarezinho. Houve tiroteio e uma pessoa foi baleada. Mais de 40 suspeitos foram levados para a Cidade da Polícia para prestar do depoimento.

A Delegacia de Homicídios investiga o caso. Segundo a polícia, um traficante estaria envolvido no assassinato e está sendo procurado. Uma mulher que estava no carro com o delegado está sob averiguação. O veículo já foi periciado. O crime está sendo tratado como prioritário pela Secretaria de Segurança. As duas polícias continuam nas favelas.

O secretário Roberto Sá manifestou-se dizendo que o assassinato de delegado foi um "atentado à democracia" e que a polícia "não vai descansar enquanto não colocar as mãos nos criminosos". Ele e o chefe de Polícia Civil, Carlos Leba, participam do velório.

Leba escreveu um desabafo compartilhado na página da corporação: "Clamamos pela vida dos policiais que, angustiados, veem mais um companheiro tombado, se imaginando ele. É difícil dizer 'vamos em frente'. Mas é preciso. Chegará um dia que todo o nosso esforço não terá sido em vão. E preciso contradizer o pessimismo."

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