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Cooperação não será afetada, diz ex-embaixador dos EUA

Segundo ex-embaixador americano, EUA ficaram desapontados com a decisão do Brasil de comprar caças suecos


	Ministro da Defesa, Celso Amorim, anuncia que o governo brasileiro escolheu comprar o caça Gripen NG, da empresa sueca Saab, para renovar a frota da FAB
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Ministro da Defesa, Celso Amorim, anuncia que o governo brasileiro escolheu comprar o caça Gripen NG, da empresa sueca Saab, para renovar a frota da FAB (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2013 às 20h13.

Washington - Os EUA ficaram desapontados com a decisão do Brasil de comprar caças suecos, mas isso não afetará a cooperação do país com a Força Aérea brasileira, disse nesta quinta-feira, 19, o ex-embaixador americano no país Thomas Shannon.

"Nós felicitamos os suecos e a Força Aérea pela decisão. Isso é algo que eles queriam há muito tempo e, mesmo agora, vem muito tarde", declarou ontem durante palestra sobre o relacionamento bilateral no Brazil Institute do Wilson Center, em Washington.

Depois de um processo que durou quase duas décadas, o Brasil anunciou anteontem a compra de 36 aeronaves da sueca Gripen, em um contrato de US$ 4,5 bilhões. A americana Boeing e a francesa Rafale foram as grandes derrotadas pela decisão.

Antes da revelações do ex-técnico da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) Edward Snowden, havia forte expectativa na Boeing de que a empresa ganharia a disputa e que o anúncio poderia ser realizado durante a visita da presidente Dilma Rousseff a Washington, prevista originalmente para outubro.

A viagem foi cancelada depois que documentos divulgados por Snowden mostraram que a NSA não só espionou cidadãos brasileiros, mas também monitorou comunicações da presidente.

A Boeing abriu um escritório no Brasil, se engajou no programa Ciência sem Fronteiras e contemplou a questão de transferência de tecnologia em sua proposta. Nesta quinta-feira, Shannon evitou avaliar se as revelações de Snowden afetaram a decisão brasileira. Segundo ele, essa pergunta foi feita ao ministro da Defesa, Celso Amorim, e a resposta foi "não".

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