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DEM lançará o improvável Rodrigo Maia à Presidência

ÀS SETE - O presidente da Câmara afirma que seu nome está posto como alternativa ao “espaço” que há no campo de centro-direita

Maia: ele disse ainda que desacredita da capacidade de aglutinação de aliados do candidato tucano, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 8 de março de 2018 às 06h25.

Última atualização em 8 de março de 2018 às 07h23.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), lança nesta quinta-feira a sua pré-candidatura à Presidência da República. O anúncio acontece na convenção nacional do DEM, em Brasília. O deputado afirma que seu nome está posto como alternativa ao “espaço” que há no campo de centro-direita.

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“Vejo o PSDB com muitas dificuldades, tem rejeição maior que o PT e chance quase zero de vitória”, disse Maia em entrevista à rádio Eldorado. “O ciclo político de polarização PT e PSDB está acabando, é um ciclo de renovação na política brasileira. Não queremos entregar para quem tem divergências ideológicas o governo brasileiro.”

Maia disse ainda que desacredita da capacidade de aglutinação de aliados do candidato tucano, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e que os partidos médios e pequenos estão esperando um nome com mais potencial.

Tem dito ainda que será candidato mesmo contra uma eventual candidatura do aliado Michel Temer. Será esse o tom dos discursos no evento desta quinta.

Acontece que, para o eleitorado, o potencial do presidente da Câmara ainda é mínimo. Hoje, ele orbita na média de 1% das intenções de voto, segundo a pesquisa CNT/MDA, divulgada nesta semana.

O DEM busca se valer de uma maior aceitação de uma agenda pró-mercado, do enxugamento ainda mais agressivo do Estado, da defesa de reformas fiscais, como a da Previdência, e do poder que Maia angariou como presidente da Câmara para inchar o partido e atrair alianças.

Sob articulação do presidente da Câmara, DEM pretende ganhar até 10 deputados na janela partidária que se iniciou ontem. O PP e o Solidariedade têm acordos preliminares com a chapa do deputado carioca.

O cargo também lhe garantiu trânsito com outras lideranças do centrão, campo em que disputará influência com Alckmin sobre PSD, PTB, PRB e outros.

Maia se lança ao Planalto num momento curioso. Com maior poder nas mãos, Maia teria quase garantida a sua reeleição como deputado federal e como presidente da Câmara.

Seria protagonista na discussão de reformas estruturais na economia do país e ocuparia espaço na política regional do Rio de Janeiro, hoje carente de líderes após a queda do MDB no estado. Até seu pai, Cesar Maia, foi contra a candidatura em entrevista ao jornal Valor Econômico.

Até aqui, vale uma máxima, dita por um aliado à reportagem de EXAME: “Até o meio do ano, cada partido tem um candidato. Se colar, colou.” Maia está tentando fazer seu nome colar.

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