Brasil

Conselho Regional de Medicina pede intervenção na saúde do Rio

Já faltam insumos, remédios e leitos nas principais unidades e os médicos da rede correm o risco de ficar sem salário

Hospitais: o Cremej cobra do governo federal a instalação de um gabinete de crise, (Getty Images/Getty Images)

Hospitais: o Cremej cobra do governo federal a instalação de um gabinete de crise, (Getty Images/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 28 de outubro de 2016 às 13h55.

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) pediu hoje (28) a intervenção do governo federal na saúde do estado. O déficit no setor chega a R$ 2,5 bilhões e ameaça fechar hospitais na capital e no interior e paralisar o atendimento.

Já faltam insumos, remédios e leitos nas principais unidades e os médicos da rede correm o risco de ficar sem salário.

"Estamos à beira de um caos no qual as pessoas podem morrer por mortes evitáveis", afirmou o presidente do Cremerj, Pablo Vazquez, em entrevista. "Queremos o empenho de todos, os esforços, se não tem [dinheiro], que recorram a empréstimos, ao apoio internacional, não pode ocorrer o fechamento dessas unidades, saúde é direito básico", reforçou.

Gabinete de crise é sugerido

Além do repasse de recursos para cobrir a dívida do governo do estado, o Cremej cobra do governo federal a instalação de um gabinete de crise, com todas os níveis de governo. A entidade solicitou uma reunião com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, para os próximos dias.

Segundo o Cremerj, esta é a pior crise da saúde no estado, ultrapassando a do ano passado, quando unidades colocaram tapumes na porta e impediram a entrada de pacientes, como o ocorreu no Hospital Estadual Getulio Vargas, na zona norte.

A situação tende a se agravar com a chegada do fim de ano e das férias, quando o Rio atrai milhares de turistas.

Acompanhe tudo sobre:HospitaisRio de JaneiroSaúde

Mais de Brasil

Massa de ar polar que chega ao país neste fim de semana irá derrubar temperaturas no Sul e Sudeste

Queimada no Pantanal persiste mesmo após proibição de manejo do fogo

Greve de ônibus em SP: sindicato aprova paralisação para próxima semana; veja detalhes

Mulheres são maioria dos casamentos homoafetivos no Brasil

Mais na Exame