Os testes da vacina já começaram em São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Campinas, São Caetano do Sul e Ribeirão Preto (Governo de São Paulo/Divulgação)
Isabela Rovaroto
Publicado em 6 de agosto de 2020 às 06h40.
Última atualização em 6 de agosto de 2020 às 08h04.
A corrida mundial pela vacina contra a covid-19 tem mais uma etapa nesta quinta-feira, 6. A Comissão Especial da Câmara dos Deputados, que acompanha as ações de enfrentamento à pandemia, tem uma reunião técnica sobre a vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan, em São Paulo, e pelo laboratório chinês Sinovac Biotech.
Participam da reunião o presidente do Instituto, Dimas Covas, o secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, além de técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Saúde.
Ao lado da vacina de Oxford, que é a aposta do Ministério da Saúde, a CoronaVac é uma das mais promissoras do mundo e está na fase três de testes em seres humanos. Ao todo, 9.000 voluntários, profissionais de saúde, participam da validação em seis estados brasileiros.
Os testes já começaram em São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Campinas, São Caetano do Sul e Ribeirão Preto. Até sábado, 8, Curitiba, Porto Alegre e São José do Rio Preto também aplicam a vacina. No Rio de Janeiro a previsão é de que os testes sejam realizados até o fim do mês.
Entre os voluntários recrutados, metade recebe a imunização contra a covid-19 e a outra um placebo, sem efeito. São duas doses num intervalo de 14 dias.
Na terça-feira, 4, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que se os testes forem bem sucedidos, a vacina já poderia começar a ser produzida a partir de novembro. Com isso, a aplicação das duas doses seria concluída até fevereiro de 2021.
Para ampliar a capacidade de produção, o Instituto Butantan está captando recursos em doações no valor de 130 milhões de reais. Até o momento, já conseguiu 96 milhões de reais. O dinheiro será usado para dobrar a capacidade de fabricação e chegar a 240 milhões de doses por ano.