Comissão do Senado discute vacinas e kit intubação nesta sexta
Colegiado que acompanha as ações de combate à pandemia tem audiência marcada com especialistas e representantes do Ministério da Saúde para debater as perspectivas do Plano Nacional de Imunização (PNI)
Alessandra Azevedo
Publicado em 28 de maio de 2021 às 06h00.
Mesmo sem reunião da CPI da Covid , a pandemia continua sendo assunto no Senado nesta sexta-feira, 28. Pela manhã, a comissão que acompanha as ações do governo no combate à doença faz uma audiência pública com especialistas, farmacêuticas e representantes do Ministério da Saúde para debater as perspectivas de vacinação e a falta de remédios do chamado "kit intubação".
Entre os convidados, estão representantes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) e da Associação de Medicina Intensiva Brasileira. O diretor de Relações Institucionais da Eurofarma, Walker Lahmann; o vice-presidente comercial da linha humana da União Química, Vagner Nogueira; e o diretor da Hipolabor Renato Alves da Silva também participarão da audiência, por videoconferênica.
A coordenadora do Plano Nacional de Imunização (PNI), Francieli Fantinato, também está confirmada. Além dela, do Ministério da Saúde, estarão presentes, de forma remota, a coordenadora-geral de Gestão de Tecnologias da Saúde, Priscila Gebrim Louly; o coordenador de insumos do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis (DEIDT) da Secretaria de Vigilância em Saúde, Thiago Fernandes; e o assessor jurídico da DEIDT, Eliel Barros.
Um dos objetivos da audiência é discutir a escassez de remédios essenciais para intubação de pacientes com covid-19, além do uso da oxigenação extracorpórea no enfrentamento da pandemia, inclusive pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, os senadores querem informações atualizadas sobre o programa de imunização contra a covid-19 -- dados sobre compra e distribuição de vacinas, calendário vacinal, perspectivas de vacinação e planejamento.
CPI
À tarde, a cúpula da CPI da Covid fará uma visita à sala-cofre do colegiado, para analisar os documentos sigilosos recebidos até agora, após um mês de trabalho. A sala fica no andar térreo do Senado e guarda informações solicitadas pelos senadores que podem ser usadas como provas de irregularidades nas ações de governo e para embasar o relatório final do colegiado. O acesso ao local é restrito, sempre vigiado por câmeras.
Nesta quinta-feira, 27, a CPI ouviu o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas. Ele disse que o governo recusou duas ofertas de vacinas com entregas previstas ainda em 2020. O Brasil, segundo ele, "poderia ter sido o primeiro país do mundo a começar a vacinação, não fossem os percalços", que envolvem dificuldades na negociação com o governo e demora na regulamentação do uso.