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Cometeram a maior injustiça da minha vida, diz prefeito de Florianópolis

O prefeito Gean Loureiro é suspeito de participar de uma organização criminosa que violava sigilo de operações policiais em Santa Catarina

Gean Loureiro: o prefeito afirmou em uma transmissão no Facebook que sua prisão foi uma injustiça (Youtube/Reprodução)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de junho de 2019 às 16h40.

São Paulo — O prefeito de Florianópolis , Gean Loureiro, diz que sua prisão nesta terça-feira, 19, no âmbito da Operação "Chabu", foi uma "injustiça com ele, sua família, amigos e a população de Florianópolis". Loureiro fez uma transmissão ao vivo em sua página no Facebook, após deixar a sede da Polícia Federal da capital catarinense.

Segundo a defesa, Loureiro foi liberado após prestar depoimento, mas segue afastado das suas funções por 30 dias, conforme determinado pelo desembargador Leandro Paulsen, do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região.

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O prefeito também continua com o passaporte retido e não pode se comunicar com outros investigados. As medidas restritivas começaram a valer a partir das 20h30 desta terça.

No vídeo, Gean Loureiro diz que foi conduzido para a Polícia Federal no âmbito da Operação "Chabu", mas "não tinha conhecimento do que estava acontecendo".

Deflagrada na manhã desta terça a operação tinha o objetivo de desarticular uma suposta organização que violava sigilo de operações policiais em Santa Catarina, vazando informações e contrabandeando equipamentos de contra inteligência. O grupo contaria com uma rede de políticos, empresários e agentes da PF e da Polícia Rodoviária Federal.

O prefeito afirma que forneceu os documentos solicitados, disponibilizou seu celular e senha às autoridades, e além disso respondeu a 70 perguntas durante seu depoimento.

Loureiro disse que "tinha certeza de que quando prestasse as informações à polícia a prisão não iria acontecer".

Afirma que o delegado concluiu que ele não tinha nenhuma relação com processo, confrontando as informações com outros depoimentos. "Ele viu que não tinha motivo para eu ser preso e evitou mais uma injustiça, se eu tivesse sido preso", disse o prefeito.

Loureiro chega a indicar as situações questionadas durante seu depoimento, entre elas sobre uma "sala secreta dentro da prefeitura". Ele diz que não tem relação com as pessoas que mencionaram o ambiente e que a Polícia Federal teria constatado que o lugar não existe.

Segundo o prefeito, também foi indicado que ele teria participado do vazamento de informações de uma operação realizada em Santa Catarina.

Loureiro afirmou que não tinha conhecimento da informação e não conhecia as pessoas envolvidas em tal investigação.

Agradeceu o "apoio" de pessoas que lhe enviaram mensagens e afirmou que, como "homem público", sentia obrigação de prestar esclarecimentos.

Ao fim do vídeo, o prefeito diz que "foi um dia triste para Florianópolis".

"Vamos demonstrar a cada dia, com muito trabalho, que tudo isso não passou de uma grande injustiça. Felizmente Deus está do lado das pessoas de bem. Obrigado pela confiança. Vamos continuar firmes trabalhando por Florianópolis", afirmou Loureiro.

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