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Começou? Acho que sim, diz Janot no Twitter sobre prisão de Yunes

O ex-PGR foi o responsável por, no ano passado, denunciar Temer em duas oportunidades com base na delação dos irmãos Joesley e Wesley Batista

Janot: ele ainda declarou na rede social que para combater a corrupção é preciso "coragem, inflexibilidade e muita resiliência" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Janot: ele ainda declarou na rede social que para combater a corrupção é preciso "coragem, inflexibilidade e muita resiliência" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de março de 2018 às 11h15.

São Paulo - O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, que deixou o cargo em setembro do ano passado após quatro anos de mandato e duas denúncias apresentadas contra o presidente Michel Temer, usou o Twitter na manhã desta quinta-feira, 29, para comentar a operação que prendeu, entre outros investigados, o advogado, amigo pessoal e ex-assessor do presidente, José Yunes. Ao citar uma notícia relatando a operação, Janot perguntou: "Começou?" Em seguida, respondeu: "Acho que sim."

Ao longo do ano passado, Janot denunciou Temer em duas oportunidades com base na delação dos irmãos Joesley e Wesley Batista e demais executivos da J&F.

Ambas foram barradas pelos parlamentares que dão sustentação ao governo de Temer na Câmara dos Deputados, que impediram a continuidade das investigações até que Temer deixe o cargo, em janeiro de 2019.

A prisão de José Yunes é temporária (cinco dias) e foi autorizada pelo ministro do Supremo Luís Roberto Barroso, relator do inquérito que apura se Michel Temer beneficiou a empresa Rodrimar, que atua no Porto de Santos, na edição do decreto dos Portos, assinado em maio de 2017.

Além de Yunes, foram presos o empresário Antonio Celso Grecco, dono da Rodrimar; o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi e o coronel da reserva da PM João Batista de Lima Filho, o coronel Lima, também apontado como amigo pessoal de Temer.

Na manhã desta quinta, Janot ainda declarou na rede social que para combater a corrupção é preciso "coragem, inflexibilidade e muita resiliência".

Além do inquérito relacionado ao decreto dos portos, a atual procuradora-geral, Raquel Dodge, solicitou ao Supremo Tribunal Federal neste ano que o presidente fosse incluído em outro inquérito - o que investiga pagamento de propina por parte da Odebrecht acertado dentro do Palácio do Jaburu, residência oficial de Temer, em maio de 2014.

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