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Com Ciro isolado, PT vai ao ataque

O PT não quer perder tempo para fechar alianças após sinalização de Ciro Gomes, candidato ao Planalto pelo PDT, aos antigos aliados de petistas

Lula: mesmo preso, ele é o candidato do partido, e o chamariz para atrair aliados (Ricardo Moraes/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2018 às 06h38.

Última atualização em 24 de julho de 2018 às 07h28.

Em semana de convenções partidárias, em que se encaminham as chapas eleitorais ao Palácio do Planalto, o PT segue a vida como se nada houvesse de diferente. Além de bancar a candidatura do inelegível ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) , o partido avança sobre outras legendas em busca de alianças sem ao menos ter a garantia de um nome para dar. Nesta terça-feira, é dia de reunião com o Pros.

Tudo indica que este será a primeira junção formalizada pelos petistas, antes mesmo de haver certeza sobre quem terá a foto de candidato nas urnas. Ontem, houve rodada de conversas com o PCdoB e na quinta-feira será a vez do PSB. O primeiro ainda pretende seguir com a candidatura de Manuela D’Ávila (PCdoB-RS). O segundo está na mira de todo o campo da esquerda.

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O PT não quer perder tempo para fechar alianças após sinalização de Ciro Gomes, candidato ao Planalto pelo PDT, aos antigos aliados de petistas. Nesse embate pela candidatura mais robusta de esquerda, tão perto quanto o PT do Pros está o PDT do PSB.

Apesar de ter mais capilaridade isoladamente, o PT continua pagando o preço de ter um pré-candidato ficha suja e preso. Dirigentes do partido tentam convencer de que a transferência de votos de Lula para um indicado terá poder de abater Ciro Gomes. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, se negou a falar de sua possível candidatura como alternativa, afirma que a candidatura de Lula é a “única possível”.

Se o discurso colar e estratégia for para frente, Ciro pode ter novos problemas. Ele esteve próximo de atrair o centrão há uma semana, mas o grupo foi afugentado pelo xingamento contra uma procuradora, que o processou por injúrias raciais, e pela carta a executivos da Boeing e Embraer, desaprovando a união das empresas. Com Ciro ainda atordoado pelos reveses, pode ser a chance da vida do PT em tirar seu adversário de jogo.

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