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Impacto do Bolsa Família ainda pode crescer no NE

O Nordeste, por ter 51% das famílias beneficiadas pelo programa, é um dos que ainda pode expandir muito as suas consequências

Educação: o próximo passo do Bolsa Família é garantir que a educação quebre o ciclo intergeracional do programa (Divulgação/ Secretaria de Educação de Sergipe)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2014 às 19h04.

Salvador - Dezanos depois e com 14 milhões de famílias beneficiadas, ainda há espaço para expandir os benefícios do Bolsa Família . A opinião é deLuis Henrique da Silva de Paiva, secretário Nacional de Renda de Cidadania do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Falando a uma plateia de empresários no EXAME Fórum Nordeste, que acontece nesta terça-feira em Salvador, o secretário afirmou que, embora 14 milhões seja um número bastante razoável para o programa, ainda há espaço para aumentar o impacto na vida dos beneficiados.

Segundo Paiva, o cadastro único criado para acompanhar as famílias beneficiadas oferece um conjunto de dados completos e permite elaborar políticas públicas direcionadas a determinados grupos.

Um exemplo de como essa plataforma de dados está sendo usada é a implantação do ensino integral em escolas públicas, em que haja uma maioria dos alunos beneficiados pelo programa de transferência de renda.

O Nordeste, por ter 51% das famílias beneficiadas pelo programa, é um dos que ainda pode expandir muito os impactos do programa.

Próximo passo

O Bolsa Família é um dos programas de transferência de renda mais bem sucedidos do mundo. Não só por conseguir alcançar os mais pobres, mas também por ser barato e eficiente: o país gasta 22 vezes menos com o programa do que com a previdência social, por exemplo.

No entanto, na opinião de Ricardo Ismael, professor da PUC-Rio, apenas um dos dois objetivos do programa foi atingido: o de reduzir a pobreza extrema. "Até o final dessa década, teremos uma pobreza extrema residual", disse Ismael.

O segundo objetivo do programa - ainda um desafio -  é o de quebrar o ciclo intergeracional da pobreza. Isto é, fazer com que os filhos da geração que recebeu o Bolsa Família tenham educação para conseguir empregos que os tirem da zona de pobreza e, consequentemente, do programa.

"O foco agoratem que ser a educação", concluiu.

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Falando a uma plateia de empresários no EXAME Fórum Nordeste, que acontece nesta terça-feira em Salvador, o secretário afirmou que, embora 14 milhões seja um número bastante razoável para o programa, ainda há espaço para aumentar o impacto na vida dos beneficiados.

Segundo Paiva, o cadastro único criado para acompanhar as famílias beneficiadas oferece um conjunto de dados completos e permite elaborar políticas públicas direcionadas a determinados grupos.

Um exemplo de como essa plataforma de dados está sendo usada é a implantação do ensino integral em escolas públicas, em que haja uma maioria dos alunos beneficiados pelo programa de transferência de renda.

O Nordeste, por ter 51% das famílias beneficiadas pelo programa, é um dos que ainda pode expandir muito os impactos do programa.

Próximo passo

O Bolsa Família é um dos programas de transferência de renda mais bem sucedidos do mundo. Não só por conseguir alcançar os mais pobres, mas também por ser barato e eficiente: o país gasta 22 vezes menos com o programa do que com a previdência social, por exemplo.

No entanto, na opinião de Ricardo Ismael, professor da PUC-Rio, apenas um dos dois objetivos do programa foi atingido: o de reduzir a pobreza extrema. "Até o final dessa década, teremos uma pobreza extrema residual", disse Ismael.

O segundo objetivo do programa - ainda um desafio -  é o de quebrar o ciclo intergeracional da pobreza. Isto é, fazer com que os filhos da geração que recebeu o Bolsa Família tenham educação para conseguir empregos que os tirem da zona de pobreza e, consequentemente, do programa.

"O foco agoratem que ser a educação", concluiu.

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