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"Codinome Tóquio" e "frango japonês": como facção de SP se referia a Moro e promotor

De acordo com as investigações da Polícia Federal, servidores públicos e políticos eram alvo de plano executado por grupo criminoso para sequestro e morte

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Assim como Sergio Moro, sua mulher e filhos, Lincoln Gakiya e sua família passaram a ser escoltados por policiais (Marcello Casal/Agência Brasil)

Assim como Sergio Moro, sua mulher e filhos, Lincoln Gakiya e sua família passaram a ser escoltados por policiais (Marcello Casal/Agência Brasil)

Integrantes da maior facção criminosa do país utilizam codinomes para se referir a seus alvos, de acordo com as investigações da Polícia Federal. O ex-juiz e senador Sergio Moro era tratado em trocas de mensagens como “Tóquio” durante a execução do plano para sequestro e morte de servidores públicos e políticos. Já o promotor de Justiça Lincoln Gakiya já foi citado como “frango japonês” em cartas cifradas apreendidas em presídios onde estavam os chefes do mesmo grupo criminoso.

Como atuava a facção?

As investigações mostraram que os suspeitos planejavam homicídios e extorsão mediante sequestro em pelo menos cinco unidades da federação — no Distrito Federal, em Roraima, no Paraná, no Mato Grosso do Sul e em São Paulo. Os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea. Em relação a Sergio Moro, a retaliação era motivada por mudanças no regime de visitas em presídios implementadas durante sua gestão a frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

O inquérito apontou ainda que os bandidos alugaram imóveis próximos a endereços do senador e se revezavam no monitoramento dele e de sua família, em Curitiba, no Paraná. Eles chegaram a cogitar, inclusive, a possibilidade de sequestrá-lo para negociar a liberação de Marcos Camacho, o Marcola, apontado como chefe da facção.

Já em relação a Lincoln Gakiya, que compõe o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), em Presidente Prudente, São Paulo, a insatisfação dos criminosos aumentou quando ele solicitou a transferência de Marcola da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau para presídios federais, em 2018.

Naquela ocasião, diversos planos para a morte do promotor foram identificados, entre eles o que estava descrito em duas cartas apreendidas em que os bandidos sugeriam que já haviam levantado suas informações pessoais e o chamavam de “frango japonês”.

Assim como Sergio Moro, sua mulher e filhos, Lincoln Gakiya e sua família passaram a ser escoltados por policiais. Em entrevista ao O Globo, ele contou, na época, que, além de ser acompanhado por homens armados 24 horas por dia, utiliza carro blindado e fez cursos de tiro.

"Dentro do possível, minha vida é normal. Vou à academia, pescar, corro no parque... Não posso viver encarcerado na minha residência. Mas é claro que não é agradável explicar para os seus filhos, para sua mulher e sua mãe por que tem tanta polícia na porta da sua casa", diz Gakiya

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