CNBB discutirá ambiente e aborto até 2012
Brasília - Em meio à comemoração pela volta ao centro do debate político, a cúpula da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) informou ontem que as campanhas da fraternidade de 2011 e 2012 discutirão meio ambiente e saúde pública, respectivamente. Comunidades e paróquias vão discutir temas como aborto, eutanásia e aquecimento global, assuntos que […]
Da Redação
Publicado em 22 de outubro de 2010 às 08h34.
Brasília - Em meio à comemoração pela volta ao centro do debate político, a cúpula da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) informou ontem que as campanhas da fraternidade de 2011 e 2012 discutirão meio ambiente e saúde pública, respectivamente. Comunidades e paróquias vão discutir temas como aborto, eutanásia e aquecimento global, assuntos que viraram polêmica ou ganharam destaque no atual processo eleitoral.
Os dirigentes da entidade observaram que as campanhas da fraternidade dos próximos anos foram definidas em junho de 2009, descartando qualquer vinculação com o momento eleitoral. D. Geraldo, no entanto, avaliou que a escolha foi oportuna. “A escolha do tema é feita com muita antecedência, mas tudo é muito providencial. A posição da Igreja na questão do aborto é inegociável”. D. Geraldo destacou que a Igreja quer discutir na campanha da fraternidade não apenas o aborto e a eutanásia, “mas todo o desdobramento sagrado da vida”.
Na entrevista para promover a campanha do próximo ano, que terá como tema “Fraternidade e a vida no planeta” e o lema “A criação geme como em dores de parto”, o presidente da CNBB e o secretário-geral da entidade, d. Dimas Barbosa, aproveitaram para rebater críticas de que a Igreja estaria se intrometendo em assuntos de Estado.
“Ela não pode ser acusada de se intrometer em temas que levam em conta a defesa da vida. O que a Igreja defende não é a imposição de seus dogmas em uma sociedade pluralista, mas a defesa da vida”, disse d. Geraldo. “Estado laico não é Estado antirreligioso”. D. Geraldo disse que impedir a Igreja de manifestar sua posição é silenciá-la. “Não vão calar a voz profética da Igreja”, afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.